terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Abre o olho, "honorável" Kim


A Filarmônica de Nova York interpretou nesta terça-feira, 26, os hinos da Coréia do Norte e dos Estados Unidos no início de seu histórico concerto em Pyongyang, que levou ao país comunista a maior delegação estadunidense em meio século. O concerto é histórico, pois é a primeira vez que um agrupamento cultural de lá do nível da Filarmônica de Nova York se apresenta na capital do país comunista desde o fim da Guerra da Coréia, em 1953, concluída com a assinatura de um armistício, mas não com um tratado de paz.

E já estão dizendo que a iniciativa está reaproximando os históricos rivais. Está? O líder norte-coreano Kim Jong-il não estava entre as 2.500 pessoas presente no Grande Teatro Pyongyang Leste. Portanto, sugiro ao "honorável" Kim que leia nosso post de hoje.
Saiba, "honorável" Kim, que por aqui estão lembrando do episódio de 1959, quando a mesma filarmônica tocou na antiga URSS. Seu diretor musical, Lorin Maazel, declarou que naquela época o concerto "teve um efeito tão duradouro que eventualmente as pessoas no poder se viram fora do poder". Perguntado se acreditava que o mesmo iria ocorrer na Coréia do Norte, ele respondeu: "Não existem paralelos na história; existem similaridades". Por aqui, "similaridade" tem outro nome. Abre o olho, "honorável" Kim.

Sobre a impessoalidade e a frieza de Brasília


"Cansados da impessoalidade das siglas, os moradores de uma das ruas da QI 21 do Lago Sul decidiram batizar o Conjunto 2 de Rua da Amizade. Vindos de todas as partes do país, eles tiveram a idéia de pintar a placa na entrada do conjunto com algo que desse a cara de como se sentem. Lá, a vizinhança cuida uns dos outros como se fosse uma pequena cidade do interior. Quando alguém passa o fim de semana fora, os amigos ficam de olho na casa para ver se tem algum movimento estranho ou risco de furto. Além disso, existe uma tradição entre os vizinhos. Sempre que alguém se muda para o conjunto, os demais moradores fazem um evento de boas-vindas." Correio Brasiliense na web de hoje.
Quem me conhece, não duvida se eu disser que quase chorei ao ler esta matéria. Quase! Como emigrante, já estou tempo suficiente vivendo nesta cidade para me sentir o maior solitário do mundo! Não sei se a cidade foi imaginada projetanto isso (em muitos lugares não existe nem ao menos calçadas que prevessem o "encontro" das pessoas), mas fato é que as coisas funcionam de outra forma por aqui, mais "impessoais", por assim dizer. Um custo de vida, nada além disso (acreditem: acabamos nos acostumando).
A iniciativa dos "amigos" é louvável e de certa forma anárquica (reparem na foto que eles escreveram sobre patrimônio público. Vindo do Lago Sul, o ato é "bonitinho" e vira matéria no jornal. Vindo da favela, seria visto como pichação, crime). Todavia, a iniciativa é válida e os Guerrilheiros aproveitam para sugerir que a população residente em Brasília adote a idéia, mesmo isto sendo proibido pelo Iphan no Plano Piloto. Mas, por favor, sem hipocrisia. A "rua das farmácias" é a "rua das farmácias" (302 Sul) assim como a "rua das putas" É "a rua das putas" (714 Norte).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

UnB: Quem te viu...quem te vê!


Digitei 3 palavras no Google: “professor” “picareta” e “UnB”. Qual a minha surpresa ao aparecer somente 740 ocorrências. Esperava um número de ocorrências maior do que a palavra "Sexo", campeã absoluta na Internet. Foi decepcionante, afinal são vários anos de UnB, e meu computador nem “deu pau” ao procurar professor picareta na UnB.

Enquanto isso, Darcy Ribeiro se revira no túmulo. A gastança do reitor Thimothy Mulholand com dinheiro suspeito da Finatec foi acatada pelos docentes por 157 votos contra apenas 2 professores contrários e 18 que se abstiveram. Resultado: o reitor fica.

Para muitos docentes, todas essas denúncias contra o reitor são manobras para privatizar a UnB ou culpa do Consenso de Washington. Essas são apenas algumas das bizarrices que mostram muito bem o nível atual de nossos professores extasiados pelo ócio típico de funcionários públicos acomodados. “Viva a UnB!” bradavam uníssono os representantes dos docentes da Universidade.

De acordo com o chefe do Departamento de Filosofia, a maioria dos representantes possui cargo e regalias providos pela reitora. Soma-se a isso o temor do fim da Finatec, que é um buraco sem fundo para contratos irregulares com o Poder Público e representa uma boquinha para os professores que querem engordar os seus rendimentos.

Desanimado, sou mais específico na minha pesquisa na Internet. Procuro por um professor que não tinha formação, não conseguia dar aula por falta de massa crítica, não lia os textos que ele mesmo passava aos alunos e de quebra, de vez em quando, chegava em sala cheirando a cachaça. Bingo!!! O Google não me decepcionou! Seguem alguns testemunhos:

“O Professor eh mto picareta (SIC).. ele enrola com discussões que não tem nada haver com a matéria, falta muito, não sabe quais os textos vai usar, e ainda nunca segue o programa.. ele não deu a matéria toda, e ainda se achava no direito de exigir algo”.

“Ele é meio picareta.... não vai a algumas aulas, não passa os textos direito”

Esse cara é um safado, a Universidade deveria xicotear (sic) ele em praça pública para ele deixar de ser picareta. É o pior depois do Donizeth e empata com o Nielsen”.

Praqueles mais curiosos, os comentários são em relação ao professor Paulo Afonso, do Instituto de Ciência Política. Paulo Afonso hoje vive em um apartamento funcional da UnB, arrecadando fábulas para o seu bolso e de outros professores através de cursos picaretas de especialização.

As vezes eu invejo Darcy Ribeiro por estar morto e não presenciar tudo isto. E “Viva a UnB!”

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Homenagem a Sérgio Naya: um brasileiro!


Hoje faz 10 anos que o edifício Palace II desmoronou no Rio de Janeiro. Morreram 8 pessoas. Na época, bombeiros e peritos encontraram no local pilares ocos e indícios de areia de praia na construção, que teve que ser implodida seis dias após o desabamento parcial.

Algumas famílias ainda esperam por indenizações e outras ainda moram em hotéis.

Sérgio Naya, deputado federal por três ocasiões, é o dono da construtora que faz castelos de areia.

Sérgio Naya até pouco tempo declarava possuir só 500 milhões de reais em patrimônio. Seriam 15 emissoras de TV e 20 de rádio em Minas, 800 imóveis nos Estados Unidos, 3.000 (vou até escrever pra não ter dúvidas “três mil”!) na Espanha e 5.000 (cinco mil!!!) em São Paulo, cinco fazendas, 75% do St Paul Park Hotel, em Brasília, um complexo turístico não acabado em Ilhéus.

De acordo com seus próprios dizeres, Sérgio Naya não toma champagne em taça de pobre.

O pobre Sérgio Naya, de acordo com seus advogados, perdeu grande parte de seu patrimônio e hoje possui apenas 100 milhões de reais.

Os brasileiros pagam a polpuda aposentadoria de ex-deputado de Sérgio Naya.

Em 2005, Sergio Naya foi absolvido pela justiça da acusação de ter causado o desabamento do prédio.


Não só a justiça dos homens, mas a Justiça divina também poupa Sérgio Naya. Ele só sofreu dois AVC’s e também sofre de gota.

Brasília, como sempre, recebe de braços abertos pessoas como Sérgio Naya, condecorado com a medalha “Mérito Alvorada” pelo Governo do Distrito Federal e a Ordem do Mérito Comercial pela Confederação do Comércio de Brasília.

Ao final da nossa digníssima Constituição Federal, o penúltimo nome de participantes, podem conferir...lá está o nome de Sérgio Naya. Também assinam Humberto “imprimo santinho na gráfica do Senado” Lucena; João “ganhei 60 vezes na loteria” Alves; José “mensalão” Genuíno; Renan “ray ban” Calheiros; Roberto “rato magro” Jefferson e outras figuras inomináveis.


Depois ainda dizem que devemos respeitar a nossa Constituição Federal.


Sérgio Naya está solto. Sérgio Naya continuará solto.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Brasília: Onde os playboys vencem


A quadra 304 sul de Brasília fica no Plano Piloto que, como tal, é lugar da classe média alta da capital. De uns tempos pra cá, nas redondezas de um bar de sinuca (Barzão), difundiu-se o tráfico de drogas, um ponto pra playboyzada viciada comprar seus papelotes em paz. Todo mundo sabia disso, até a polícia. Porém, uma briga entre traficantes e um tiroteio, com direito a balas invadindo apartamentos e atingindo um casal de Playboys que namoravam no estacionamento do Bloco, fez com que a polícia fechasse o Barzão e reforçasse o policiamento da quadra.

No Correio Braziliense de hoje a notícia é de que a PM está revistando todo mundo suspeito. Achei que eles aprendessem na academia que não existem pessoas suspeitas, mas sim atitudes suspeitas. Mas não, eles não aprendem. Pergunte pra qualquer negro, ou pessoas que não se vestem com roupas caras quantos baculejos (revistas) eles já tomaram de policiais. Faça a mesma pergunta pra um “mauricinho” branco, com gel no cabelo, camisa pólo, e tire suas conclusões. A máxima "Perdeu Playboy!" é coisa do Rio de janeiro. Aqui em Brasília, playboy não perde nunca.

Parabéns aos moradores da 304 sul. Mais policiamento e segurança, menos tráfico e tiroteios. Sugestão para a Polícia Militar do DF. Itapuã, Samambaia, Ceilândia e outras satélites também existem tiroteios e assassinatos diários. Peguem um mapa, aprendam o caminho e reforcem a segurança desses locais também.

Pelo fim do Timemania


O Timemania foi criado para pagar as dívidas dos clubes de futebol no Brasil. O cidadão escolhe o time do coração e aposta achando que está ajudando seu clube. Por que diabos os clubes querem pagar suas dívidas? Eles sempre acumularam dívidas e nunca tiveram interesse em quitá-las. A resposta é simples: Todos querem suas certidões negativas para fazerem mais dívidas. O Timemania não acabará com a mania dos dirigentes de fazer dívidas.


Quando os times serão obrigados a serem empresas? Quando os dirigentes irão pra cadeia como sonegadores? Eu me proponho a pagar as contas do Santos, meu time do coração, mas em troca eu quero os dirigentes na cadeia. É justo!


Para a população indignada avoco a sugestão de Juca Kfouri: "E, enfim, eu, se fosse você, parava de pagar suas obrigações com a Previdência e com a Receita, juntava um bando de inadimplentes e batia na porta do Palácio do Governo, pedindo uma loteria pra você".


No quadro, a lista de Kfouri com os maiores devedores.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Sobre as cotas nas universidades brasileiras


O ator, comediante (e filósofo) estadunidense Chis Rock, declarou em um de seus shows: "um negro medíocre não consegue ser nem gerente do Big Burger. Um branco medíocre consegue ser até presidente dos Estados Unidos".

Abuso de autoridade em Porto Alegre

Se ficarmos postando todos os abusos de autoridade que temos notícia, nosso blog terá que mudar de nome. Algo como “Tememos a Polícia” talvez servisse. Mas, apenas para constar, nesta sexta-feira, em Porto Alegre, conforme noticiou o tablóide Zero Hora, mais de cem manifestantes ocuparam a entrada principal da PUC para protestar contra a Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Cidades, que acontecia no local.

Participaram da manifestação catadores de materiais recicláveis, desempregados e trabalhadores sem teto que se uniram no encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas, evento contrário à conferência. Resultado: bastaram dez policiais para reprimir o protesto.

Como se não bastasse, o tablóide ainda declarou na sua reportagem que o trânsito na Avenida Ipiranga, que estivera congestionado em função do legítimo protesto, já estava normalizado!!! Isto me lembrou a passagem do poema “Construção”, de Chico Buarque: o operário da construção, ao cair do prédio, “morreu na contramão atrapalhando o tráfego”. Com juízes federais o buraco é mais embaixo. Com gente comum, como se vê, no máximo se atrapalha o trânsito.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

PM's em Brasília bebem Cachaça


O salário de um PM em Brasília é o maior do Brasil. Passa dos 4 mil reais iniciais, maior que o salário de delegado da Polícia Civil em São Paulo, ou até mesmo do que muito professor universitário com doutorado.

Esta cena aconteceu o ano passado. A partir de agora, talvez incentivado pela história do juiz federal no post de hoje, vou denunciar qualquer falcatrua da corja policialesca que assola o país.

Desta vez não tem nomes nem placas de viaturas, porém, prestarei mais atenção nas próximas feitas. Fui testemunha viva que no Bar e Distribuidora de Bebidas Piauí, localizada na SQS 403 da capital, policiais bebem cachaça em serviço, sem pagar, e em copos de plásticos pra disfarçar. O balconista servia como se aquilo fosse um hábito.

Após a cachaçada, deve ser usual a represália ocorrida com a população no carnaval deste ano. É como se fosse o marido chegando bêbado em casa e espancando sua esposa. Coisas de Brasília...

As pupilas do senhor reitor da UnB - Parte 2


Eu havia citado dois intenzinhos no primeiro post. Segue agora uma lista mais detalhada da mobília e dos equipamentos comprados para o apartamento da reitoria da UnB, na 310 Norte, que chamam a atenção pela ostentação. A propósito, o Ministério Público declarou que a reforma até pode ter base legal, mas não tem base moral, e que o órgão vai pedir o dinheiro de volta (adorei)!

Fatura

-Cadeiras, poltronas, mesa de centro, cabeceira da cama e banco - R$ 69.566

-Refrigerador, freezer, fogão, lava-louças, adega etc - R$ 31.150

-Toldos - R$ 10.400

-Dois faqueiros - R$ 3.998

-Taças de vinho e copos de uísque - R$ 4.590

-Home cinema - R$ 36.603

-Tapetes, persianas e colchões - R$ 37.668

-Telas artísticas - R$ 21.600

-Palha para revestimento, xales de seda, tapetes e almofadas - R$ 20.562

-Plantio de 16 vasos com plantas - R$ 7.264

-Três lixeiras - R$ 2.738

-Instalação de ar-condicionados nos quartos - R$ 11.470

-Instalação de luminárias - R$ 9.845

Fonte: Notas fiscais obtidas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, publicadas pelo Correio Brasiliense. Curiosidade: o reitor declarou que o apartamento deveria ficar "sensasional" para receber pessoas importantes e realizar reuniões da mesma natureza. A contar pela fatura, parece que os quartos da casa também eram usados para este fim.

O Juiz, a Polícia e o Malandro.


Segunda-feira de carnaval, saio de casa perto das 22:00 horas para encontrar a namorada na porta do Circo Voador, na Lapa. Lá chegando, saio do táxi falando ao celular para encontrá-la. Mas não é só. Além de tênis, bermuda e camisa, usava um chapéu, desses vendidos em todos os cantos da cidade a R$ 5,00. Presente da namorada. Coisa de mulher.

Então, atravesso a rua e quase sou atropelado por um camburão com luzes e lanternas apagadas com a inscrição CORE no carro. No mesmo momento o motorista grita " Ô malandro" e eu, assustado, dou um pulo para a calçada, peço desculpas e viro as costas, continuando ao celular e andando, já na calçada.

Ai, percebo que a viatura andava ao meu lado, com três policiais de preto, ao que escuto, em alto e bom som: "Saia da rua, seu malandro e bêbado". Nesse momento, pensei: Isto não é jeito de tratar as pessoas na rua e respondi: "Não sou bêbado nem malandro; se vocês não estiverem em operação, está errado andarem com essa viatura preta e apagada, pois quase me atropelaram e vão acabar atropelando alguém!"

Oportunidade em que os homens de preto descem da viatura dizendo: "Ô malandro, tu é abusado, tá preso". Ato contínuo, diante da voz de prisão, estendo os dois braços para ser algemado. Pergunto ao mais novo dos três, que estava completamente alterado: "Qual o motivo da prisão?" Resposta: "Desacato". Pergunto novamente: "O que os senhores entendem como desacato?" Resposta: "Até a DP a gente inventa, se a gente te levar pra lá". Neste exato momento, percebendo a gravidade da situação, disse: Estou me identificando como juiz federal e minha identificação funcional está dentro da minha carteira, no bolso da bermuda. Imediatamente o policial novinho, que se identificou como André e na DP disse se chamar Cristiano meteu a mão no meu bolso, pegou a minha carteira e a colocou em um dos bolsos de sua farda preta. Então o impensável aconteceu! Disseram: "Juiz Federal é o c..., tu é malandro e vai para a caçapa do camburão.

Fui atirado na mala do camburão como bandido, algemado, porém, com o celular no bolso e os três policiais do CORE da Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro, dizendo que no máximo eu deveria ser "juiz arbitral ou de futebol". Temendo pela vida, por incrível que pareça me veio aquela frase de Dante, da sua obra "Divina Comédia": "Abandonai toda a esperança, vóis que entrais aqui". Então, sem perder as esperanças, peguei o celular do bolso mesmo algemado e liguei para a assessoria de segurança da Justiça Federal informando a situação, bem baixinho, e que não sabia se seria levado para DP, pedindo para acionar a PM e localizar a viatura do CORE que estava circulando pela Lapa comigo jogado algemado na mala.

Após a ligação, disse-lhes uma única coisa, ainda na viatura. "Vocês estão cometendo crime, ao que escutei dos três, aos risos: "juiz federal andando com esse chapéu igual a malandro. Até parece. Se você for mesmo juiz, a gente vai chamar a imprensa, pois juiz não pode andar como malandro."

Na delegacia, as gracinhas dos policiais continuaram: "Olha o chapéu do malandro". Então eu disse, já me sentindo em segurança: "Vocês querem que eu tire o chapéu e vista terno e gravata?"

O fato é que já na presença do delegado as algemas foram retiradas e, vinte minutos depois, um dos policiais de preto vem ao meu encontro e me pede: "Excelência, desculpas, nos agimos mal, podemos deixar por isso mesmo?" Respondi: "Primeiro. Não me chame de Excelência, pois até há pouco vocês me chamavam de malandro. Segundo. Não, não pode ficar por isso mesmo. Como é que vocês tratam assim as pessoas na rua, como se fossem bandidos. Terceiro. Vocês três não honram a farda que estão vestindo. Quarto. Desde a abordagem policial agi apenas como cidadão, no que fui desrespeitado e, depois de ter me identificado como juiz federal, fui mais ainda, logo, um crime de abuso de autoridade seguido de outro de desacato.

Depois do circo montado pelo próprio agente do CORE Cristiano, que ligara do interior da DP para os repórteres, de forma incessante, talvez temendo que ele e seus dois colegas de farda preta fossem presos por mim no interior da DP, decidi não fazê-lo porque em nada prejudica a instauração de procedimento administrativo na Corregedoria da Policia Civil, bem como a ação penal por abuso de autoridade e desacato, sendo desnecessário mencionar o dano à minha pessoa, como cidadão e magistrado.

Pensei, por fim: "Se como juiz federal fui ameaçado por três homens de fardas pretas com pistolas automáticas, algemado e jogado como um bandido na mala de um camburão, simplesmente por tê-los repreendido, de forma educada, como convém a qualquer pessoa de bem, o que aconteceria a um cidadão desprovido de autoridade e de conhecimento dos seus direitos?" Duas coisas são certas, de minha parte: Não permitirei nada "passar" em branco, pois são fatos sérios e graves que partiram daqueles que têm o dever de zelar pela segurança da sociedade e, no próximo carnaval, não usarei o presente da namorada, o tal "chapéu". É perigoso. Pode ser coisa de malandro.

Roberto Schuman - Cidadão e Juiz Federal no Estado do Rio de Janeiro

*****************************************************************************
Os guerrilheiros louvam a atitude do Juiz, que recebeu apoio de ministros, AMERJ, CNJ, OAB/RJ, ANAMATRA, AJUFE e mais um monte de siglas que pouco significam para a população. Porém, segue a patética passagem da nota de desagravo da AJUFE, que justifica com uma tal Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que estabelece privilégios aos juízes, os diferenciando ainda mais do cidadão comum. Os Guerrilheiros clamam: "Foda-se a Loman":

"A Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) estabelece que juízes não podem ser presos sem ordem escrita do Tribunal do qual fazem parte, a não ser em caso de flagrante e, ainda assim, quando se trate de crime inafiançável. Mesmo nesses casos, para evitar arbitrariedades como a registrada nesse episódio, o policial tem que, imediatamente, comunicar o fato ao tribunal ao qual o magistrado é vinculado e colocá-lo à disposição do presidente do tribunal".

Um jeitinho cá, outro acolá!


No dia 11 de setembro escrevi neste blog: "O ministério dos Portos não é nada e Pedro Brito não é ninguém. O ministério dos Portos é só mais uma teta criada pra agradar um dos trezentos partidos da base governista".


O ministro Pedro Brito, sabendo que não era ninguém, achou que ninguém ia reparar num embolso indevido de ajuda de custo para mudança para Brasília no valor de R$ 8.300,00. Pedro Brito já morava em Brasília. O mesmo fez Nelson Machado, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, então ministro da Previdência. Machado, sob a mesma justificativa capenga de mudança para Brasília, mesmo já morando na capital, abocanhou 18 mil reais.


Em tempo, Pedro Brito continua a ser um ninguém, só que agora, um ninguém corrupto.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

As pupilas do senhor reitor da UnB


Vamos aos fatos:

1 - o desprezível reitor da Universidade de Brasília utilizou verbas da Finatec para "remodelar" o apartamento funcional que mora com sua família. O gasto total da obra foi de R$ 470 mil. Segundo o imbecil reitor Timothy Mulholland: "não se mobília uma casa de qualquer maneira. Têm linhas de estética para poder ter um conjunto harmonioso". Para contemplar o padrão estético do salafrário, dentre os ítens comprados com dinheiro público, encontrava-se um saca-rolhas de R$ 859 e três lixeiras com preços de quase R$ 1 mil, entre outras coisas;

2 - a desculpa (sempre existe uma) é de que o apartamento é usado de forma institucional, pois recebe puxa-sacos e demais entidades que precisam de um ambiente acolhedor para tramar suas falcatruas. Detalhe: quem já teve (ou tem) o desprazer de lecionar ou de assistir aulas nas dependências da Universidade, no "complexo do minhocão", conhece bem o que significa um "ambiente acolhedor": ou se morre de calor, ou se enlouquece com o barulho das salas vizinhas, o que causa, na melhor das hipóteses, um desconforto entre professores e alunos. Nem mesmo a porcaria do "complexo do minhocão" tem uma pinturinha sequer. Acho que diversos presídios brasileiros possuem instalações menos piores;

3 - Pau-mandada e cagalhona, a Fundação Universidade de Brasília (FUB) divulgou nota oficial para esclarecer que sua decisão quanto a destinar um de seus imóveis para servir de residência oficial para os reitores da UnB e "mobiliá-lo adequadamente" foi tomada tendo em vista os interesses maiores da Instituição;

4 - Parecendo ser de livre e espontânea vontade, o malandro do seu Timothy não-sei-o-quê declarou hoje, em carta pública, que decidiu pela imediata desocupação do imóvel, "sem qualquer apego pessoal, sensível às preocupações da comunidade universitária e para preservar a Instituição". Aproveitou na referida carta para dizer que a UnB está investindo recursos não sei-no-quê, não-sei-aonde, blá-blá-blá. O que não apareceu na mídia (ou apareceu de forma irrisória) foi a mobilização da comunidade acadêmica contra mais um ato ilícito, que visava o favorecimento pessoal de mais um colarinho branco. Diversos estudantes e membros desta comunidade literalmente acamparam em frente ao prédio da folia e em frente à reitoria do prazer. A pressão funcionou. Não existiu aqui nenhum tipo de auto-consciência, tenham certeza disto.

5 - Sugiro aos órgãos investigadores que dêem uma olhada na mudança do pilantra e que arrumem um mandato para vasculhar a nova residência;

Já que o malandro ainda tentou sair por cima desta presepada, sugiro aos estudantes que vaiem o troca-letras em todas as suas aparições públicas, formaturas, seja o que for, até o final de seu mandato e mesmo em sala de aula, se ele tiver a cara-de-pau de voltar para uma. As pupilas do senhor reitor quase explodiram, tamanho o seu olho grande. Esta não será esquecida, tenho certeza.

George Orwell se revira no túmulo


"Infelizmente, o País virou um Big Brother, não como o que passa na Rede Globo, mas como o denunciado por Orson Wells, em sua obra 1984"


Esta frase foi pronunciada hoje, às 16h12. O autor da pérola é o deputado baiano e petista Nelson Pelegrino, que nos proporcionou uma aula de literatura no Plenário da Câmara dos Deputados.


Quem não acredita, entre no site da Câmara e confira nas notas taquigráficas disponíveis.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Polícia Militar Goiana: um exemplo para a sociedade (dos imbecis)


As imagens falam por si mesmas. Ademais, tivemos que censurar outras, a fim de não comprometer o mote de nosso blog (já existe muita pornografia na rede). Em tempo: quando tivemos acesso às fotos, a placa da viatura já estava rasurada, infelizmente!

2008: Já acabou o ano que não começou


Fevereiro já começou e o Congresso Nacional passará por aquele “pequeno” período incomodo que compreende o carnaval e o natal. Porém, já se adianta pelos corredores vazios que nada será produzido pelos nossos competentes parlamentares em 2008. O ano já terminou. Gritaram “Pega Ladrão”!!! e o Congresso ficou as moscas.

Primeiro semestre dará espaço para uma inócua CPI dos Cartões Coorporativos e no segundo semestre, deputados e senadores voltarão para suas bases para as campanhas das eleições municipais.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Bangladesh não é aqui


Finalmente, Bangladesh virou notícia por aqui. A edição deste domingo do Diário Catarinense (o jornal de maior circulação do Estado sulista, do grupo Rede Globo) publicou uma reportagem de página inteira (p. 25) sobre o obscuro país asiático, de que pouco se sabe por estas bandas do planeta.

O assunto não poderia ser mais original: prostituição. Ao ler o libelo literário, descobri que por lá, mais exatamente na cinzenta e empoeirada cidade de Goalundo Ghat, 1,6 mil mulheres e crianças vendem serviços sexuais para mais de três mil homens todos os dias, e por preços módicos, muitas vezes suficientes apenas para alimentar a si e a alguns filhos.

Em Bangladesh, as profissionais do sexo sofrem com a discriminação, e muitas vezes, ao engravidarem, torcem para que seja de meninas, já prevendo o lucro futuro com a entrada das filhas nesta carreira profissional. Pelo visto, algo único e genuinamente bangladeshiniano!!!

Dica para as prostitutas de Bangladesh que sonham em trocar de vida: não se mudem para o Brasil! Por aqui, a coisa pode ser pior. Ao contrário de vocês, em um dos maiores paraísos sexuais da Terra, vossa profissão é tida como criminosa, o que piora - e muito - o exercício de vosso labor. Além disto, não possuímos uma organização como a Bangladesh Women's Health Coalition (BHWC), que, além de defender vossos direitos e viabilizar campanhas educativas de sexo seguro, promove o badalado prêmio de "Melhor Cafetina" para os destaques do ramo.

Seja em Fortaleza ou em qualquer outra cidade do Brasil, profissionais do sexo apanham da polícia, são exploradas por todo mundo e ainda são discriminadas de forma revoltante, todos os santos dias. Pra piorar, estas coisas nunca viram notícia no jornal de domingo.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Cartões corporativos: "porque a vida é agora"

Para quem esteve no mundo da Lua nestes últimos dias (o que é bem possível nestes tempos de carnaval), a última safadeza do Governo é a falcatrua envolvendo os cartões corporativos. Assunto antigo, na verdade, mas que por algum motivo veio à tona agora, provavelmente para ferrar a ex-Ministra Matilde Ribeiro, que não deve ter seguido a cartilha de alguém. Paciência: agora vai sobrar pra mais gente.


Eu gostei da criatividade dos gatunos: restaurantes e aluguel de carros? Antes parasse por aí. Os cartões foram usados também para para pagar despesas em loja de instrumentos musicais, veterinária, óticas, choperias, joalherias, free shop, e até para consertar mesa de sinuca! Como se vê, gastos essenciais e urgentes para o país, conforme a justificativa oficial para a existência destes cartões demoníacos.


São milhões gastos impunemente, desde que esta imbecilidade foi criada. Pelo visto, como diria o saudoso filósofo Bezerra da Silva, "para tirar meu Brasil dessa baderna, só quando morcego doar sangue, e saci cruzar as pernas".

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Quanto custa uma jornalista do Correio Braziliense?


Quanto será que a jornalista Denise Rothenburg está recebendo para plantar notas em sua coluna de fofocas políticas no Correio Braziliense? É a quarta ou quinta vez nos últimos dias que ela publica notas sobre projetos do senador Adelmir Santana (DEM/DF) que podem prejudicar as operadoras de cartões de crédito. Os projetos ditam, dentre outras coisas, a redução das taxas pagas por comerciantes pelo uso das bandeiras. Ela está do lado do senador ou das operadoras?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Psicodelia parlamentar


“Só se a gente ver vaca voando para trabalhar na segunda-feira”.
(deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS), hoje, em entrevista a TV Câmara, sobre ter sessões legislativas nas segundas.)


Os Guerrilheiros sugerem que os deputados coloquem asas em suas digníssimas esposas e senhoras que os pariram e as joguem pelas janelas do último andar de seus luxuosos apartamentos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Turismo Sexual: Venha para o Brasil!


É preciso investir no que a gente realmente é bom. Ninguém vende sexo como no Brasil. Não adianta o Ministério do Turismo gastar fortunas para acabar com o turismo sexual no país. Sexo é o nosso produto de exportação.


Apenas estrangeiros desavisados chegam o Brasil para visitar pontos turísticos. A grande maioria está atrás de sexo. Quem quer praia vai para o Caribe. Lá é mais limpo, menos violento e tem mais estrutura. Nossas belezas naturais são as mulatas! É isso que a gente vende lá fora. Esse é um país bunda e bunda é o nosso princial produto de exportação.


Enquanto isso, no Rio de Janeiro, a "modelo"Viviane Castro desfilou com um tapa sexo de 4cm. Tadinha, deve ter ficado muito envergonhada. Em entrevista, Viviane disse que estava somente representando um personagem de índia. Onde está a FUNAI uma hora dessas????


O jornal britânico "The Sun" estampou a foto da modelo fazendo alusão ao "Brazilian wax" (expressão usada para definir um tipo de depilação pubiana). Uma foto do Ronaldinho Gaúcho faz a função que o tapa sexo deveria fazer. O jornal britânico não faz referências nem ao nome de nehuma das passistas e nem explica a real interpretação das fantasias. Eles são menos ignorantes e sabem que aquilo é somente turismo sexual. Coitada da Viviane...confundiram a índia com uma prostituta sem nome.


É isso que a gente significa no exterior. Um bando de selvagens, prostitutas e iletrados. Na realidade, é isso que a gente é. Se soubessemos aceitar, ganharíamos mais dinheiro com a profissionalização e legalização destas profissões. O governo arrecadaria muito mais impostos, e aumentaria o número de pessoas com carteira assinada. Chega de pudor...isto deve ser feito antes da Copa do Mundo.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Beto Carrero morreu!!


Em comemoração a morte de Beto Carreiro, os Guerrilheiros aderem a campanha "Circo Legal não tem animal" desejosos pela falência de seu circo e de todos os outros que utilizem o artifíco animalesco para atrair o público de pais debilóides e crianças iniputáveis (ver mais em http://www.animaisdecirco.org/ ).


Um pequeno relatório dos negócios do mais recente falecido:


"As empresas de Beto Carrero sonegaram dos cofres públicos, segundo investigações da Receita Federal, cerca de R$ 63 milhões, entre 1994 e 1996. Pelo menos 70% do valor, após notificação, foi pago por meio do Refis (Programa de Recuperação Fiscal).O juiz federal substituto Zenildo Bodnar, de Itajaí, em seu despacho, afirmou que "a motivação de Beto Carreiro para sonegar os impostos foi pura ganância, a vontade de obter lucro fácil, desonesto e criminoso".

O parque temático do Beto Carrero é pra poucas crianças que possuem R$ 80,00 para pagar na entrada. Uma das principais atrações é a educativa "Casa do Beto Carrero". De acordo com o próprio site:
“Aqui você vivencia um grande assalto ao trem, um dos momentos mais marcantes de seu passeio a Terra da Fantasia. É bom esconder todas as jóias e o dinheiro porque o Beto Carrero deu uma saída”


Sim. Deu uma saída e acho que não vai voltar mais. Espero que o ganacioso tenha feito um caixão com gavetas. Que o presunto descanse em paz! Na foto, o morto do lado de um animal do circo chamado Brasil, onde palhaços não faltam...