O presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda, que diz fumar somente charutos cubanos, pois "não existem mais caros para comprar", é reconhecidamente um dos maiores mafiosos brasileiros em atividade. A lista de peripécias do fascínora, que inclui a incrível "coincidência" de três assaltos à renda de jogos do Vasco no Campeonato Brasileiro de 2007, ganhou mais um episódio nesta semana.
O delinqüente ganhou uma antecipação de tutela na ação que move contra o Google Brasil Internet Ltda, empresa que administra o Orkut no Brasil. Euricão se sentiu ofendido com uma dezena de comunidades existentes no sítio de relacionamento contrárias à sua pessoa sebosa e desprezível. A maior, por exemplo, conta com mais de 27 mil usuários, grande parte vascaínos.
Segundo a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o Google fica obrigado a retirar do ar material que seja considerado ofensivo contra o dirigente, sob pena de pagamento de multa de R$ 100 por dia.
As duas faces da imbecilidade:
primeiro, a face de Eurico, que não possui a mínima envergadura moral para se sentir ofendido com qualquer coisa que seja. Se existe este tipo de manifestação popular, ela seguramente não é gratuita. Obviamente, a consciência do malandro deve estar se lixando para este tipo de coisa. Trata-se apenas de uma questão de ego e de demonstração de poder (quem tem algum, sempre deseja "mostrar" que o possui);
segundo, a face do Orkut. Esta imbecilidade serve quase que exclusivamente para expor a intimidade de um bando de incautos solitários demais, ou que viram nesta porcaria uma possibilidade de socialização de natureza juvenil, ou as duas coisas, o que é mais comum. Pois eis que, ao contrário do que a vã ingenuidade da maioria dos orkutianos possa conceber, o Orkut não se trata de um espaço absolutamente "democrático", onde "vale tudo". À exemplo das demais instâncias da sociedade, quem pode mais, chora menos.
Acreditem: viverei o dia em que se desmascará como é aproveitado o excepcional banco de dados que esta maluquice de Orkut fornece, sabe-se lá para quem (e aqui reside o maior perigo). É tudo uma questão de máfia e de mafiosos, tenham certeza disto.
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