terça-feira, 12 de maio de 2009
No Maranhão, é assim
José, o coronel, ditador e patriarca do clã Sarney não viverá para sempre. Dercy Gonçalves, recentemente, já nos provou que a imortalidade humana não passa de lenda mesmo. Se você é estudante e por acaso está lendo este post, esqueça tudo o que aprendeu sobre o Maranhão. Provavelmente é mentira. Provavelmente também, assim que o nosso presidente do Senado virar adubo, vão rebatizar o Estado. Acostume-se com Sarneylândia ou algo similar. Alguém duvida?
- Para nascer, Maternidade Marly Sarney;
- Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou Roseana Sarney;
- Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney;
- Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, pertencente a um tal de José Sarney;
- Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue sua telinha na TV Mirante, ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário;
- Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney, recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor, como as demais;
- Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas "maravilhosas" rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney.
- Para reclamar de tudo isso, caso você não tenha achado direito, vá até o Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney.
A Sarneylândia é um dos Estados mais pilhados do Brasil, dominado por seu senhor feudal como manda o figurino medieval. E vai continuar assim por muito, muito tempo mesmo, roubado e fascinoramente dominado que é pelo clã dominante e seus aliados subalternos. A impunidade e a injustiça não têm limites, ainda mais por aquelas bandas, ainda mais nas fuças de cada um de nós, coniventes e indiferentes perante a miséria alheia.
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