Rei Minos foi presenteado pelo Deus do Mar, Poseidon (Netuno)com um touro. Minos não deveria ficar com o touro, mas sim devolvê-lo a Poseidon em forma de sacrifício. Minos gostou do touro e ficou com ele ao invés de sacrificá-lo. Poseidon, como vingança, fez com que a mulher de Minos se apaixonasse pelo touro. Desse amor nasceu um Minotauro (um homem com cabeça de touro).
Minos pediu para que o maior empreiteiro da época, Dédalo, construísse um labirinto em Creta para aprisionar o Minotauro. Jovens atenienses eram levados para o labirinto para serem sacrificados. Um desses atenienses era Teseu. Ariadne, filha do Rei Minos, apaixonou-se por Teseu e pediu para Dédalo ajudar seu amado. Dédalo deu um barbante para Teseu marcar o caminho no labirinto, executar o Minotauro e voltar sem dificuldades. Teseu matou o Minotauro, cansou-se de Ariadne e virou rei de Atenas, fundador da Democracia e patrono da cultura, mas isso é outra história. O que importa aqui é o que aconteceu com Dédalo, o construtor do labirinto que traiu a confiança do rei Minos.
Minos aprisionou Dédalo e seu filho, Ícaro, em uma torre muito alta. Dédalo, como os empreiteiros fazem até hoje, subornou alguns guardas e conseguiu madeira para construir uma armação. Com penas das aves que pousavam na torre e cera das abelhas para colá-las, Dédalo construiu grandes asas. Dédalo, como todo empreiteiro corrupto, era meio covarde, e usou seu filho como cobaia para testar a geringonça. Seu filho, Ícaro, era como se fosse os "Laranjas" ou “Testas de Ferro” dos empreiteiros de hoje. Ícaro voou. As asas funcionavam. Em vez de voltar pra casa ou pra torre, Ícaro ficou se exibindo, assim como os filhos de corruptos fazem com seus carrões em portas de boates. Ícaro voou alto demais e a cera das abelhas foi derretida pelo Sol. Ícaro caiu no mar e morreu.
Dédalo se daria melhor nos dias de hoje. Um habeas corpus é mais rápido e barato do que as asas naquela época. Empreiteiro aqui, não fica preso nem por um dia.
O Brasil também possui seu próprio Ícaro. O padre Adelir de Carli gostava de se exibir com seus balõezinhos. Assim como Ícaro, Adelir não soube permanecer dentro de seus próprios limites. O padre voou alto e está desde Domingo desaparecido no Oceano Atlântico. Enquanto isto, o estado gasta tufos de dinheiro na operação de busca do padre, que uma hora dessas, está sob a tutela de Poseidon. As gabolices do padre também renderam milhares de balõezinhos coloridos espalhados no oceano e que matam as baleias que inadvertidamente engolem as porcarias jogadas pelos seres humanos. O padre bazófio já fez muito estrago ao meio ambiente. As vidas de cem padres não valem a existência de meia baleia...
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Um comentário:
Já há alguns posts seus eu não podia concordar com vcs; enfim, retornaram à crítica, e não ao apoio, e posso agora dizer novamente que concordo.
Era o que faltava mesmo: padre fazendo esporte radical, ou melhor, radicalíssimo. O cara sai com um GPS, mas não sabe usar... Pelo amor de Deus. Pergunto: se não sabe usar nem GPS, vai saber usar um pára-quedas?
Além de morrer, leva junto equipamentos caros, os quais eu sempre quis mas nunca tive grana p/ comprar, polui o meio ambiente e ainda gasta dinheiro público, pq as autoridades têm a obrigação de procurá-lo.
Isso é uma merda.
Como vcs fizeram o paralelo com a história do ícaro e da corrupção, faço com a saúde pública: o caso desse padre mostra exatamente o que acontece nos hospitais públicos do Brasil, principalmente no tocante ao atendimento a traumas. Em Brasília (hospital de base) e Goiânia (HUGO), por exemplo, 80% (literalmente) dos atendimentos diários são feitos a motoqueiros arregaçados no trânsito. Quer dizer, além de toda a falta de estrutura e condições, todos os cidadãos que precisarem de atendimento são ainda prejudicados pela imprudência que TODOS os motoqueiros levam ao trânsito de nossas cidades.
Se bobear, vc é atropelado por um marginal desse, furando sinal à 120Km/h, e morre na fila de atendimento porque antes de vc está sendo atendido o próprio motoqueiro.
E por aí vai.
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