terça-feira, 15 de abril de 2008

Reitor da UnB renuncia e ocupação prossegue


O óbvio aconteceu: Timothy renunciou, assim como seu vice. O Conselho Universitário recebeu prazo até as 18h de hoje para indicar um reitor pro tempore. Esta é uma grande vitória do Movimento de Ocupação, e, como está se tornando de praxe, um exemplo a ser seguido pela comunidade universitária brasileira. Sim, é possível retomar um espírito de luta e vencer!

Contudo, a saída de Timothy não é suficiente, pois a luta é contra um sistema corrompido. Conforme a professora Rita Segato (na foto, de microfone em punho), do Departamento de Antropologia, os alunos são a reserva moral da Universidade. Além disso, não devem desocupar a reitoria sob o risco de serem enganados, de não verem sua (legítima e justa) pauta de reivindicações atendida plenamente. Ademais, advoga-se que o reitor pro tempore deva ser escolhido a partir de duas condições: sua senioridade na UnB e seu passado livre de cargos administrativos junto a reitoria ou órgãos correlatos de antemão suspeitos. Seria um recomeço possível.
Os Guerrilheiros tomaram conhecimento do Manifestro de Apoio dos estudantes de Pós-Graduação do Instituto de Ciências Sociais, e, por concordarmos com o mesmo, aproveitamos para reproduzir suas duas diretrizes:
- apoiar a decisão da Assembléia Geral dos Estudantes da UnB de continuar a ocupação da Reitoria até a garantia de eleições paritárias para as eleições em caráter extraordinário para o próximo reitor e o estabelecimento de um Congresso Estatuinte paritário;

- exigir a retirada e a não abertura de qualquer processo administrativo, jurídico e multas contra os estudantes e suas entidades representativas por ações vinculadas ao movimento de ocupação da Reitoria.
Aproveitamos também para incluir uma terceira:
- exigimos que todos os Departamentos da UnB tenham investigados o seu relacionamento administrativo com a reitoria, Finatec e órgãos correlatos, e que os responsáveis por supostos esquemas de corrupção sejam indiciados judicialmente, respondendo por seus crimes na justiça comum.
Temos certeza que muitos professores devem estar tremendo nesta hora, devido a sua associação com os esquemas de favorecimento pessoal promovidos pela reitoria. Portanto, cadeia para todos!

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