quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Novo acordo ortográfico – by Juliana Paes


Atento em minha ociosidade laboral, um brado de uma colega me chama a atenção:

- A Juliana Paes atualizou seu blog em plena lua de mel!!

Rendo-me a curiosidade marginal de saber se tem algo interessante no blog da Juliana Paes. Ela escreve? Pensa? O quê?

Sim, ela escreve. Muito pouco, mas escreve. Desde o começo do ano foram só três postagens. Mas como ela mesma diz em tom filosófico: “...nossa vida corrida é tão neurótica quanto a de qualquer mortal urbano.” Concordo Juliana.

As três postagens me fizeram refletir sobre o novo acordo ortográfico assinado recentemente pelo presidente Lula. Nem sabia direito quais eram as mudanças, mas fui conferir, pois me restava uma pontinha de esperança de que a Juliana Paes fosse uma mulher à frente de seu tempo, que antevê as mudanças de nossa língua (sem trema!!).

Decepção. Nada havia no acordo ortográfico que justificasse o estilo literário de Juliana. Lendo as postagens de Juliana Paes, imaginei o novo acordo ortográfico caso fosse ela, e não o Lula, a presidenta do Brasil:

1) Regra de Crase

Não existe. Utilizem a crase de forma a esmo. Como diria o aforismo de Ferreira Gullar: “A crase não foi feita pra humilhar ninguém!”.

2) Vírgula

Esqueçam as regras. Utilizem também a esmo, mesmo tornando as frases incompreensíveis.

3) A partir de agora todas as palavras com “x” podem ser escritas com “ch” e vice-versa.

4) A partir de agora, não haverá critérios para utilização de letras minúsculas ou maiúsculas.

5) Esqueçam os advérbios: “Onde” pode ser usado em situações que não determinam lugar algum.

6) Há, a, à, haver, a ver.....AAAAAA esses AAAAAs são todos iguais. Utilizem de qualquer forma.

7) Concordância verbal. Esqueçam, vocês podem sorri (ou seria sorrir?) agora!

Eis uma boa idéia para o nosso novo acordo ortográfico. Aboliremos as regras. Salve Juliana! Teríamos muito menos analfabetos funcionais. Juliana Paes para presidenta do Brasil! A nossa anarquista gramatical! Parafraseando a própria:

“É realmente impossível agradar a todos, eu não posso ter essa pretensão!” – sim Juliana, você pode.

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa foi do mal