Manso de Paiva: Sobre Heróis que Precisamos

Levantamento do site Congresso em Foco (http://congressoemfoco.ig.com.br/Noticia.aspx?id=18729) indica que Dos 594 congressistas, 105 são alvo de investigação no Supremo. É pouco, muito pouco. Um parlamentar é suspeito por natureza, já deveria nascer sob investigação, é quase uma condição de berço. É incomodante pensar que 489 deputados e senadores estão dormindo tranquilamente sem o encalço do Ministério Público. Sugiro que comecem a investigar também aquele grupinho que não passa de 30 deputados que se colocam como arautos da moralidade. Os "papa ósteas", como diria o enlameado Roberto Jefferson.

O Brasil é um país de poucos atentados políticos. Deveria haver mais. Começou em 1915, com uma facada nas costas de Pinheiro Machado (O Zé Dirceu da época), mas parou por ali mesmo. Pinheiro Machado ainda gritou "Apunhalaram-me...Canalha!!". Canalha nada, o assassino, Manso de Paiva, deveria se tornar o primeiro herói de nossa história Republicana. Mas a nossa história é injusta, Manso, que era pedereiro, foi preso e Pinheiro Machado, que era o Zé Dirceu, virou nome de cidade.

Pensando bem, é uma troca justa. O político morre ainda em idade produtiva, no auge da roubalheira, e vira nome de cidade. Aconteceu com Mimoso do Oeste na Bahia. Hoje, a cidade de pouco mais de 20 mil habitantes chama-se Luis Eduardo Magalhães. Segue a sugestão:

- Zé Dirceu, se algo lhe acontecer, a cidade paranaense Cruzeiro do Oeste, do mesmo tamanho e insignificância de Mimoso do Oeste, e que seu filho é o atual prefeito, poderia se chamar Zé Dirceu. Topas?

Deputados e Senadores devem andar sempre olhando pra trás, sempre com medo que algo lhes aconteçam. Um belo dia acontecerá mesmo...nem que seja um olho roxo. É tática de guerrilha.