Ontem foi dia das mães. Algo bobo, alguns podem alegar, ou desnecessário, sei lá... mas ainda assim ontem foi dia das mães! Pois eis que neste dia das mães, eu - que moro longe da minha - estava assistindo ao futebol à tarde na Globo. Fiquei sabendo, ainda no primeiro tempo, que hoje (ontem) o Fantástico exibiria uma entrevista exclusiva com uma mãe, possivelmente a mãe mais famosa do país neste momento: a mãe de Izabela Nardoni, a menina assassinada brutalmente em um bairro próspero de São Paulo.
Achei aquilo perverso e esperei pelo momento da entrevista. Depois de tanta espera, aguentei assisti-la menos de dois minutos!!! Já na apresentação, aquele homoafetivo que apresenta o programa (esqueci o nome dele) disse que a mãe de Izabela decidira somente agora se pronunciar sobre o caso. Pensei: "puta merda, agora apelaram de vez"... era muita coincidência: tudo aquilo acontecendo no dia das mães.
Não sei como me pronunciar a respeito de tudo isto. Mas sei que a Globo é canalha, e que a mãe da menina está sofrendo. ademais, não importa se havia um motivo para a mãe conceder a entrevista. Importa reconhecer a trágica escolha editorial pela tragédia que temos em nossos veículos de comunicação. Ela rende muito, não entendo muito bem como, nem porque.
Apesar de toda a miséria moral humana que ronda este assunto, pretendo deixar aqui um leve aroma de flores, em homenagem à todas as mães que existem: mulheres que vieram a este mundo para sofrer...
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