sexta-feira, 6 de junho de 2008

200 anos de Correio Braziliense


Correio Braziliense é o nome de um dos maiores tablóides brasileiros. A marca Correio Braziliense está completando 200 anos. Por vezes a credibilidade já questionável deste panfleto é colocada em questão, como da vez em que um de seus lacaios que assinava coluna diária de festas sociais, Gilberto Amaral, fez uma festa para eleger as “maiores” personalidades de Brasília para a revista Voguel. Amaral, que não se cansa de tirar dinheiro das peruas otárias que não sabem como gastar o dinheiro de seus maridos corruptos, cobrou 8 mil reais para cada um dos supostos perfilados da revista. O fato virou escândalo na alta peruagem brasiliense e o Correio teve que demitir o colunista social para manter um pouco da credibilidade que ainda restava do tablóide.

Que o Correio Braziliense vende reportagens e notas, todos já sabem. Algumas matérias só faltam colocar o preço cobrado nas entrelinhas. A última campanha do Correio é em favor das empreiteiras da capital e contra a Universidade de Brasília.

A UnB foi concebida por Darcy Ribeiro para ser uma Universidade autônoma. Para isso, a instituição foi criada já com patrimônio concebido, que iam desde títulos da Petrobras até propriedades imobiliárias. Algumas destas propriedades ainda existem e deram origem a muitas outras, tendo em vista que a lei só permite desvincilhamento de patrimônio para aquisição de mais patrimônio. A UnB arrecada por ano mais de 15 milhões de reais com aluguéis. A UnB ainda possui diversas projeções em Brasília e, até mesmo, super- quadras inteiras vazias na Asa Norte, local de alta especulação imobiliária. Ou seja, a UnB tem dinheiro e pode fazer investimentos que a maioria das Universidades Federais nem se atreveriam a sonhar. Ponto pra Darcy Ribeiro.

O problema disso tudo é que esse patrimônio já desperta interesse nas construtoras de Brasília, ávidas por usufruir e especular em cima das projeções e terrenos da UnB, proprietária das poucas áreas desocupadas do Plano Piloto da Capital. Os argumentos do Correio Braziliense, ou melhor, das empreiteiras, é que o DF poderia estar arrecadando milhões de IPTU caso fossem construídos apartamentos nos terrenos da UnB. Outro argumento patético é que, caso os imóveis da UnB fossem vendidos, poderia desafogar a especulação imobiliária da região. Como se os terrenos e apartamentos da UnB fossem realmente diminuir os preços absurdos que essas construtoras cobram em seus apartamentos. Durma-se com esse barulho, Darcy Ribeiro!

Parabéns aos 200 anos deste panfleto. Parabéns ao Paulo Otávio, vice-governador do DF, dono da maior construtora do estado e maior anunciante do tablóide...seus interesses estão sendo bem representados, ou melhor, publicados.

2 comentários:

Anônimo disse...

A culpa do barulho, além da da vontade de ganhar dinheiro do paulo otávio, é a própria má administração da UNB, que não dá aos terrenos da fundação a devida função social da propriedade, deixando sem uso vastas áreas contidas em região nobre de brasília. Claro que o resultado só pode ser especulação.

Anônimo disse...

PaulOOtávio. Os dois "o"s maiúsculos juntos da marca representam o olho grande de seu dono?