segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ponto para Gabeira, gol contra do Rio


O candidato à prefeitura do Rio derrotado ontem protagonizou um episódio durante sua campanha que esqueci de registrar. Na semana passada, na UFRJ, Fernando Gabeira escutava no auditório alguns imbecis que em coro gritavam: "viado! Viado".

Não se contendo, Gabeira levantou, pegou o microfone e disparou:

- "se sou viado ou não é problema meu. Sou casado e pai de dois filhos. Vou trabalhar com a cabeça e não com o cu!!"

A resposta foi seguida de um espaço de silêncio e depois por uma sonora salva de palmas.

Infelizmente, Gabeira é carioca. E os cariocas terão que amargar mais um período de quatro anos às custas de sua tradiocional pasmaquice, disfarçada pelo rótulo da "malandragem" que nos acostumamos a comprar da mídia em geral, e da Rede Globo em particular.

sábado, 25 de outubro de 2008

Silvestre dos Santos, um brasileiro


Vou ser breve. Personagens da história: Silvestre dos Santos, eletricista que ganha mil reais por mês. Francisco Ramalho Medeiros, pastor evangélico, ganha 10% (no mínimo) do rendimento dos fiéis de sua igreja.

 

O resto é aquele blá blá blá de sempre. O eletricista acha um envelope com 2 mil reais e devolve ao seu dono, o pastor. O eletricista vendeu sua honestidade por 100 reais. Foi quanto o pastor lhe deu de recompensa. Silvestre deveria ter cuspido na cara do pastor, mas aceitou a propina, pegou 50 reais (50%) e dividiu o resto com seus comparsas de trabalho. De quebra ganhou seu momento de fama no tablóide Correio Braziliense.  A interpretação do Correio é que o eletricista é honesto. A minha é que ele é um típico brasileiro. Corrupto.

 

Tá tá, isso não transforma o eletricista em um político. Afinal de contas ele só aceitou 5% (100 reais). Aqui em Brasília, não existe verba liberada por menos de 15%. Mas a recompensa o transforma em um corrupto, barato, mas corrupto. Silvestre dos Santos pode agora erguer a cabeça quando andar por seu bairro com sua “honestidade” de folhetim de jornal.

 

Certa vez, tal qual o pastor, também tentei ser um corruptor. Falhei. Não tinha talento. Andando pelo centro de Nova Iorque, cidade com mais de uma dúzia de milhão de pessoas, distraído (como sempre), percebo que perdi minha carteira com uma boa quantia de dólares e todos os cartões de crédito. Refiz todo o meu percurso de volta e peguei dois metrôs para duas horas depois achá-la intacta com uma balconista de lanchonete. Tentei recompensá-la. Ela negou. Tentei mais uma vez, sem jeito. Ela respondeu:

 

- Não precisa me pagar por ser honesta!

 

Agradeci envergonhado de mim mesmo. Só estava tentando ser brasileiro.  Esse tipo de notícia não tem espaço no New York Times. A balconista também recusaria.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Negro Jobs pra Presidente II


Lendo o "Diário da Manhã" de Goiânia, vejo com alegria que Negro Jobs decidiu seguir a sugestão dos Guerrilheiros. Uma semana após a nossa postagem, a manchete do jornal estampa: "Negro Jobs agora sonha em ser presidente do País"


Apadrinhamos a candidatura! Continuaremos a apoiar Negro Jobs até aparecer o primeiro escândalo de corrpupção.


Avante Jobs!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

“Street-Porno Fighter I” será lançado em breve no mercado


O lendário game Street Fighter terá sua quarta edição lançada em breve. Pude ver algumas imagens e realmente elas impressionaram este “velho” de quase 30 anos que vos escreve, que, como muitos de sua geração, teve na segunda versão do jogo uma de suas primeiras experiências de viciar-se em alguma coisa.

Recentemente conheci um “documentário” com atores reais que interpretam os personagens do jogo vivendo na atualidade. Com o ostracismo do game, alguns tiveram que se virar para sobreviver, como o subnutrido indiano Dhalsin, que agora trabalha em NY como taxista, ou a graciosa chinesinha Chun-Li, funcionária de uma lavanderia, ou o bruto e vermelho Zangief, hoje um desconsolado faxineiro de um fliperama, e por aí vai.. (parece que só quem se deu bem mesmo foi o japonês Ryu, que ganha dinheiro vendendo vídeos de artes maciais). A saga pode ser vista no Youtube, a começar pelas primeiras partes: http://br.youtube.com/watch?v=D4KiSwwKGjM


Alguns dos personagens clássicos foram mantidos na nova versão, o que talvez os ajude na vida real documentada no Youtube (ou alguém duvida que eles existam?). Ok, mas começaram mal este projeto por causa do nome: Street Fighter IV deveria se chamar Street-Porno Fighter I (com toques de pedofilia e de zoofilia).


Como já falei, tenho 30 anos e fui "criado" dentro da imortal saga da Capcom.. Na época, já havia certa erotização dos personagens, mas nada que se julgasse “demais da conta”, como dizem os católicos mineiros. Acreditem: não é essa nova geração que se "erotizou" mais do que a minha.. São coisas como essa que a erotizam ao longo dos anos! Não sei mais qual o limite entre o "censurável" e a "caretice", sinceramente!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

E o Morgan Freeman?

Com sua sabedoria peculiar de mesa de sinuca*, Lula disse que um dos benefícios que a crise financeira irá causar é a eleição de Obama, primeiro presidente negro dos EUA. Como é que ele se esqueceu do Morgan Freeman? E daquele presidente do seriado 24 horas? Lula não entende nada de história! Americanos fantasiam o alter ego politicamente correto nos cinemas quando elegem presidentes negros. Pela primeira vez os EUA tem a chance de transformar a ficção em realidade. Como em post anterior, eu continuo duvidando:

http://guerrilheirosdoplanalto.blogspot.com/2008/09/por-que-obama-perder-as-eleies.html




* a propósito, respeito mais a sabedoria de mesa de sinuca do que aquelas advindas da boçalidade universitária.

Isabella Nardoni x Eloá Pimentel


Disse que o meu post anterior seria o último em relação ao caso Eloá. Eu menti. Entediado sobre o monopólio do assunto na imprensa e curioso para saber até quando terei que agüentar isso, a pedido de um colega do trabalho promovi uma luta no Google Fight entre Isabella Nardoni x Eloá Pimentel.


O Google Fight realiza lutas entre termos achados na Internet. Isabella Nardoni ganhou disparada em número de incidências no Google. Teremos que ainda agüentar essa lenga-lenga um bom tempo.

Quem quiser, é só pesquisar:
http://www.googlefight.com/

Caso Eloá


Meu único comentário sobre o caso Eloá. A culpa não é da polícia, do negociador, da imprensa, do assassino incapaz de lidar com frustrações, da mãe, pai, do irmão, do bispo. A culpa é da Xuxa!

A menina Eloá começou a namorar o ignóbil quando ela tinha 12 anos. A pervertida da Xuxa deveria ser responsabilizada criminalmente por toda criança que conhece sua sexualidade antes do tempo. Gerações de pais (geração pós-Xuxa) que estão por vir já acham isso normal.

Quem duvida, favor ler o post do Sniper:

http://guerrilheirosdoplanalto.blogspot.com/2008/03/xuxa-e-o-diabo.html

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Obrigado e boa sorte Gyselle


É bom saber quando possuímos leitoras “ilustres”. No último dia 11 de julho escrevi no post “A sina dos BBB’s” (http://guerrilheirosdoplanalto.blogspot.com/2008/07/sina-dos-bbbs.html) que o único destino “artístico” possível pra esse povo consistia em posar pelado em alguma revista masculina ou gay, antes da chamada do próximo programa, o que ocorre sempre por esta época do ano. Mais do que perda de tempo, tentar fazer qualquer outra coisa seria perder a boa possibilidade de, além de botar algum no bolso, ganhar uma sobrevida no tão desejado showbizz!


Citei na ocasião o caso da ex-BBB 2008 Gyselle, que tentava se lançar como cantora, ou coisa parecida. Felizmente, Gyselle leu meu post e aceitou posar a tempo na Playboy (edição deste mês). Gostaria de agradecê-la pela audiência e desejar-lhe boa sorte nesta nova (e mais promissora) carreira. Aguardarei agora pelo convite ao lançamento de seus filmes eróticos. Até!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Negro Jobs pra presidente!


Goiânia, capital da unidade federativa comumente conhecida por acontecimentos esdrúxulos, me presenteou com um acontecimento agradável neste último domingo. Após 20 anos de tentativa, entre candidaturas para deputado estadual e vereador, o Gari Negro Jobs se elegeu com 3.200 votos.

Negro Jobs utilizou 4 mil reais em sua campanha. O dinheiro foi adquirido com empréstimo consignado e será descontado agiotamente de seu contra-cheque de gari. Negro Jobs, que hoje recebe 500 reais para limpar as imundices dos goianos, a partir de janeiro, conviverá com a pior espécie de imundice: a dos políticos.

O dinheiro de campanha foi todo gasto em gasolina para sua brasília amarela ano 75 (seu único patrimônio). A brasília foi “tunada" com lixo, e Negro Jobs passeava pelas ruas da capital goiana sentado no teto de seu possante.

Nem precisava, mas Jobs tem até plataforma de campanha: Coleta de lixo e sinalização urbana. De acordo com o mais novo eleito, um turista, se largado no centro de Goiânia, se perde fácil pela falta de sinalização. Sim, Negro Jobs tem razão. Perder-se em Goiânia é quase um esporte pra mim quando visito a cidade. Os goianos pioram a situação ao fornecerem informações que te levam a um lugar ainda mais longe de seu objetivo.

Negro Jobs passará a receber 9 mil reais por mês e mesmo assim já voltou a varrer as ruas da cidade. Conselho ao Negro Jobs: Você agora é um político. Esqueça a plataforma de campanha. Roube bastante. Os goianos te deram salvo conduto para isso. Agora, se quiser ser diferente, serei o mais novo cabo eleitoral a defender Negro Jobs.

Alguns podem achar absurdo um gari ser eleito vereador em uma capital. Não tem currículo, histórico, ou capacidade, diriam os reacionários. Meu conselho: Façam como os mais de 4.200 eleitores de São José dos Campos, que elegeram como vereadora Ângela Guadagnim, aquela que fez a dança da pizza quando o Congresso absolveu mais um mensaleiro. Ela tem currículo e história. Médica, ex-prefeita e duas vezes deputada federal. Hoje, é apenas uma vereadora interiorana, que não chega e nunca chegou aos pés de qualquer gari. Muito menos o Negro Jobs

Negro Jobs pra Presidente!

Guerrilheiro Honorário

O prêmio "Guerrilheiro Honorário" ficará com o douto colega que explodiu uma bomba na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Nesta madrugada, uma bomba composta por uma panela de pressão, pilhas grandes, pregos e parafusos, explodiu em uma janela da Câmara localizada no centro de Porto Alegre. Sem pistas do autor.


Avante Guerrilheiro! Visite Brasília quando quiser.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

"Comessou-se" Outubro... sem Nomofobia!


Aproveitei para nomear esta postagem já inspirado na nova gramática de nossa língua, sugerida pela abundante intelectual brasileira Juliana Paes. Mas o assunto de hoje é outro. Descobriram recentemente uma nova doença, a Nomofobia, que vem do inglês "no mobile".

Vejam só: nomofobia é a doença que causa pânico e angústia na falta do celular. Aproveitaram, talvez para não dividir os créditos com ninguém, e incluíram nesta nova modalidade de neurose outras "drogas" sintomáticas, como o computador, email, internet, etc... Pra piorar, as pessoas não as enxergam como doenças, como se estivessem - parafraseando a Filosofia Matrix - aprisionadas em cápsulas futuristas que geram energia para as máquinas. Estão sempre conectadas ao sistema - e com necessidade de - mas com a vã ilusão de serem realmente livres.

Nanofóbicos de plantão, vós que sois prisioneiros neuróticos da modernidade, abri mais seus olhos e menos sua caixa de mensagens e blogs inúteis. Ao menos, é bom saber que como hoje é dia 03, outubro já começou atrasado para os guerrilheiros, o que indica não estarmos acometidos deste mal... Será???

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Acabou-se Setembro


Enfim findou-se o fatídico mês de setembro. Mês de luto quando alguns sádicos comemoram no dia 7 a “independência” do Brasil. Quem teve a infeliz idéia de sermos independentes fomos nós mesmos. Ao estilo brasileiro, com “jeitinho”. O colonizador cria o Estado no grito e fica por aqui mesmo, mandando em tudo. Não precisa derramar uma gota de sangue, aqui não se faz revoluções derramando sangue. Até hoje, em nossas grandes cidades, derramam-se litros deles sem mudar nada. Revolução aqui é no jeitinho. 

 

O que seríamos hoje se o Brasil colônia fosse? O trânsito livre de nossas prostitutas seria oficializado na Europa. Sem atravessadores (cafetões) ou passaportes falsos de hoje. Nossa mão de obra continuaria a ser baratinha, do tamanho da nossa qualificação. E o melhor de tudo, não precisaríamos de nossos políticos. A Europa que trate de arranjar seus próprios interventores corruptos para nos saquear. Mais de 5o mil vereadores, 5 mil prefeitos, não sei quantos deputados estaduais, outros tantos federais, senadores, governadores, burocratas da corte, arranjem tudo por conta própria! A metrópole que se vire!  

 

Seríamos tal qual uma grande Guiana Francesa. Vejamos: 1.300 euros de salário mínimo, 35 horas semanais de trabalho... eu topo! Aqui no Brasil muito doutor tem que trabalhar mais pra ganhar isso. Em troca seríamos explorados e dilapidados em nossas reservas naturais. Justo. Também continuaríamos pagando o Quinto de tudo que produzíssemos. Ahh, o Quinto!! Saudoso imposto. Bons tempos em que só pagávamos 20% pro leão ou pra qualquer portuga. Hoje, trabalhamos mais de cinco meses para pagá-los, e mesmo assim temos que arcar privadamente com segurança, educação e saúde. Quem sabe até não conseguíssemos abatimento em troca de nossas novelas. Sim, eles consomem isso também, prova que nem só de espertezas vive uma metrópole. Ficaríamos contentados com essas beradas. Tudo, como não haveria de ser diferente, no jeitinho. São apenas devaneios do que poderíamos ter sido. Maldito 7 de setembro!  

 

Novo acordo ortográfico – by Juliana Paes


Atento em minha ociosidade laboral, um brado de uma colega me chama a atenção:

- A Juliana Paes atualizou seu blog em plena lua de mel!!

Rendo-me a curiosidade marginal de saber se tem algo interessante no blog da Juliana Paes. Ela escreve? Pensa? O quê?

Sim, ela escreve. Muito pouco, mas escreve. Desde o começo do ano foram só três postagens. Mas como ela mesma diz em tom filosófico: “...nossa vida corrida é tão neurótica quanto a de qualquer mortal urbano.” Concordo Juliana.

As três postagens me fizeram refletir sobre o novo acordo ortográfico assinado recentemente pelo presidente Lula. Nem sabia direito quais eram as mudanças, mas fui conferir, pois me restava uma pontinha de esperança de que a Juliana Paes fosse uma mulher à frente de seu tempo, que antevê as mudanças de nossa língua (sem trema!!).

Decepção. Nada havia no acordo ortográfico que justificasse o estilo literário de Juliana. Lendo as postagens de Juliana Paes, imaginei o novo acordo ortográfico caso fosse ela, e não o Lula, a presidenta do Brasil:

1) Regra de Crase

Não existe. Utilizem a crase de forma a esmo. Como diria o aforismo de Ferreira Gullar: “A crase não foi feita pra humilhar ninguém!”.

2) Vírgula

Esqueçam as regras. Utilizem também a esmo, mesmo tornando as frases incompreensíveis.

3) A partir de agora todas as palavras com “x” podem ser escritas com “ch” e vice-versa.

4) A partir de agora, não haverá critérios para utilização de letras minúsculas ou maiúsculas.

5) Esqueçam os advérbios: “Onde” pode ser usado em situações que não determinam lugar algum.

6) Há, a, à, haver, a ver.....AAAAAA esses AAAAAs são todos iguais. Utilizem de qualquer forma.

7) Concordância verbal. Esqueçam, vocês podem sorri (ou seria sorrir?) agora!

Eis uma boa idéia para o nosso novo acordo ortográfico. Aboliremos as regras. Salve Juliana! Teríamos muito menos analfabetos funcionais. Juliana Paes para presidenta do Brasil! A nossa anarquista gramatical! Parafraseando a própria:

“É realmente impossível agradar a todos, eu não posso ter essa pretensão!” – sim Juliana, você pode.