sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
"Bom senso não é tão comum"
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Vamos organizar a Suruba!
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
A arte da ignorância
A arte de ser brasileiro é a arte de não aprender. Somos ignorantes por natureza. Nós nos recusamos a aprender. Não aprendemos nem por repetição. Esta é a nossa sina. Aqui, quem lê meia dúzia de livros meia bocas ao ano já está anos luz dos outros ignóbeis e aptos a galgarem títulos de doutores e ocuparem cátedras universitárias. Seria engraçado, se não fosse verdade. Fechem o Ministério da Educação! Não serve pra nada. É só mais um engodo na Esplanada dos Ministérios. Estamos fadados e disputar e obviamente perder para as mulas o emprego de puxadores de carroça. Se você pensa como brasiliense, também pode prestar um concurso público. Dá na mesma.
Parem de gastar papel com livros didáticos. Joguemos todos os livros de História fora. História no Brasil não serve pra nada. A gente não aprendeu nada com o desabamento do Osasco Shopping; com desabamento do prédio de areia do Sergio Naya*; com o desabamento do metrô de São Paulo; desabamento da Fonte Nova, estádio do Bahia e também não iremos aprender nada com o desabamento da Igreja Renascer. É assim mesmo. O Brasil é um país que desaba enquanto a massa bovina fica admirando, boquiaberta. Das histórias de desabamento, o que se pode aprender, é que ninguém foi punido. No caso da Igreja, ninguém será punido também. Daqui um mês e um laudo fajuto, ninguém mais fala nisso. As fatalidades acontecem na mesma proporção da liberação de certidões de “Habite-se” feitas nos subterrâneos melequentos das prefeituras.
Caminhando e desabando o brasileiro senta e espera mais uma Copa do Mundo. A justiça desaba junto com as nossas edificações, sobrando só o fétido cheiro da impunidade e dos cadáveres.
* http://guerrilheirosdoplanalto.blogspot.com/2008/02/homenagem-srgio-naya-um-brasileiro.html
"Renascer": uma noção vaga, pueril e irreal
Traduzindo mais esta blasfêmia: "estamos cagando e andando para vocês e mais do que nunca necessitamos do seu dinheiro para retomar a obra de Deus".
Não tome o jogador Kaká como exemplo. Os fiéis dessas igrejas são pessoas muito humildes, e, ao que parece, suas vidas valem menos do que suas suadas moedas que sustentam tais projetos megalomaníacos e gananciosos. A publicidade deve estar sendo terrível para a família Hernandes, mas, infelizmente, isto não serve de consolo para ninguém. Que o diga as famílias das vítimas, para quem a expressão Renascer agora não passa de uma noção vaga, pueril e irreal.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Conheça o final da novela "A Favorita" (ou, "Descortinando A Favorita")
** A inspiração cannabica aparece representada em personagens como o alterego raul-seixasiano Augusto César, bisonhamente interpretado por José Mayer.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Perguntar Ofende?
"A luz do sol é o melhor dos desinfetantes" Louis Brandeis (1856-1941).
Qual o interesse da Câmara Municipal de Goiânia não ter página na Internet?
Por que a página http://www.camaragyn.go.gov.br é fictícia e nunca funciona?
O que faz a edilidade da capital de Goiás que não pode ser publicizado?
Como diria o Blog Chapa Branca, o que acontece naquele “balcãozinho de negócios”?
Como votam, quem empregam, quanto custa e o que fazem os vereadores de Goiânia?
Por que a Câmara Municipal de Goiânia se porta como se estivesse em uma cidade de quinta categoria, menos transparente que Itajubá, Cravinhos, Descalvado ou Itabirito...?
Gari Negro Job`s, use a verba de gabinete pra consertar essa bagaça! Queremos ficar no encalço do seu mandato.
Doca Street: Memórias de um Cárcere Playboy
Setembro de 2006 e R$ 39,90. O preço da livraria escrito a lápis e a data em que comprei não foram apagados. Olhando pra estante, puxo mais um livro que não terminei de ler. Afirmo com poucas chances de falhar que foram os R$ 39,90 mais mal gastos em minha vida desde então. O título é “Mea Culpa”. O autor, um playboy: Doca Street. Doquinha (como era chamado pelos amiguinhos playbas) assassinou a tiros uma das mulheres consideradas mais belas do país, Ângela Diniz, uma socialite caça-tesouro$.
O livro é bestial, piegas e ruim, um pecado mortal ser homônimo do “Mea Culpa” de Céline. Obviamente Doca Street, hoje um sectagenário, nunca leu Céline. As vezes penso o quanto seria bom que eu fosse preso, assim como Doquinha. Moraria e comeria as custas do Estado, e de quebra, teria alguns anos pra ler o que eu quissesse, com direito a "banho de Sol", privilégio que não desfruto com a bunda sentada numa cadeira de escritório.
Doquinha deixou mulher e filho pra ficar com Ângela Diniz. Após uma briga, Doca Street matou Angela com quatro tiros em Búzios. Doquinha fugiu e foi preso. Condenado a 15 anos em seu segundo julgamento, após 2 anos e meio, já estava em liberdade provisória. No primeiro julgamento, amparado por um dos criminalistas (Evandro Lins e Silva) mais caros do país, Doquinha saiu em liberdade com a tese de legítima defesa da honra. Doquinha conta em seu livro o quanto não foi fácil pra ele conviver com este episódio.
Parei de ler na página 50. Faltou 420. O livro não estava fazendo valer as árvores utilizadas para fazer o papel. Na terceira página, Doquinha, como todo palyboy inconsequente sem a mínima noção de justiça, após matar Ângela, bebeu uísque, fugiu pra casa de amigos, cochilou e no dia após o crime já estava nadando em uma piscina, como se nada pudesse alcançá-lo. Doquinha ainda almoçou com a família, fato que ele descreveu como momento alegre que lhe trouxe paz.
No outro dia, a mãe* de Doquinha já apareceu com uma equipe de dois advogados, dois psiquiatras e um analista para o filhinho. “Coitadinho dele, brigou com a namorada e foi obrigado a encher ela de bala” – deveria pensar a velha em retardo já avançado. Nas próximas páginas, tem um incontável número de sobrenomes – Soares; Matarazzos; Júniores e outros cúmplices. Tenho que tirar o chapéu para esta capacidade nominal de memorização dos playboys. O interessante é que, até então, sem dizer o nome ou sobrenome de nenhum, o escritor Doca já passou por três porteiros, dois jardineiros, um motorista e outras 5 camareiras e empregadas domésticas da chácara onde ele se escondeu. Em um exercício literário, Doquinha ainda tenta descrever os dois seguranças-capangas contratados para ajudá-lo a fugir:
“...dois homens que eu nunca vira...o primeiro era um gordinho bem moreno...o outro parecia um índio, bem magrinho. Parecia perigoso”.
Ótimo! Ele mata a namorada, vai tomar uísque, cochilar e nadar na piscina, e o perigoso, pra ele, é o segurança índio que vai ajudá-lo. Fico pensando com quantas copeiras, faxineiras, seguranças, camareiras e motoristas se faz um Doca Street da vida. Os Playboys não amadurecem. Morrem imaturos. Doca escreveu o livro aos 71 anos e continua Doquinha. Vai morrer Doquinha. Ele matou a namorada aos 45 anos com a maturidade de um pré-adolecente problemático. Doquinha's, Jorginho's Guinles, Chuiquinho's Escarpa's** e Alexandre's Nardoni's não envelhecem. Nunca.
Dos R$ 39,90 que gastei, fico pensando que contribui pra mais um golinho do champagne de Doquinha. Esta noite terei pesadelos...
** Doquinha, Jorginho, Chiquinho...inhos e inhas...Reparem na insistência incidência de diminutivos na alcunha playboyziana. Seria uma mistura de complexo de Peter Pan com o de Édipo daqueles que se recusam a crescer e largar as tetas das mães?
domingo, 11 de janeiro de 2009
A Grama do Governador Arruda
Outra vez, Niemeyer...
Abro o tablóide Correio Braziliense e tenho a triste informação que além da torre de TV Digital de 64 milhões de reais, Niemeyer agora fez um projeto de outra praça de cimento na Esplanada. Tudo muito velho, tudo muito caro, tudo muito inútil...De acordo com Niemeyer, a praça se chamará a “Praça do Povo” que paradoxalmente guardará a história de nossos ex-presidentes. Collor, Itamar e FHC estão lisonjeados. A praça terá um obelisco de cimento de cem metros de altura. O governador Arruda, antevendo mais uma oportunidade de desviar verba pública, já deu o veredicto sobre a nova obra: - Vamos Fazer!!
Enquanto isso, cada dia de vida de Niemeyer vai causando mais prejuízos a população. É bom relembrar uma velha aclamação. Morra Niemeyer!:
http://guerrilheirosdoplanalto.blogspot.com/2008/01/morra-niemeyer.html
Ao Citibank, com amor.
“Desculpe, não reconheço esta informação. Por favor, tente novamente. Em caso de dúvidas, contate o CitiPhone Banking.
São Paulo e Rio de Janeiro : 4004-2484
Demais localidades : 0800-701-2484 - 0800-701-CITI. Desculpe, não reconheço esta informação. Por favor, tente novamente. Em caso de dúvidas, contate o CitiPhone Banking. São Paulo e Rio de Janeiro : 4004-2484 Demais localidades : 0800-701-2484 - 0800-701-CITI.”
Querido Citibank, teço algumas observações sobre a mensagem acima:
1 – Não me admira que este banco esteja falindo.
2 – Gostaria de dizer que suas desculpas não foram aceitas.
3 – Se você não reconhece esta informação, muito menos eu. Eu não reconheço e ainda tiro a sua legitimidade de reconhecer as minhas.
4 – Já tentei novamente e não deu certo. Não adianta pedir por favor. Fiz porque quis e não por que você foi educado.
5 – Eu tenho várias dúvidas mas não to afim de perder meu tempo e minha paciência ligando para uma máquina. Se bem que prefiro a ignorância das máquinas que a dos homens.
6 – Moro em Brasília e não em Demais localidades. Este banco falido deveria saber que existem lugares além de Rio e São Paulo.
7 – A propósito, o sistema financeiro é tão burro que me enche de créditos. Breve juntarei todos os créditos de meus três bancos e de meus três cartões e vou sujar o meu nome como nunca um ser humano sujou na vida. Depois disso, para me encontrar na praia ou na puta que o pariu, ligue para o número que vocês quiserem , pois não vão me achar de qualquer forma.
8 – Não vou pagar conta nenhuma enquanto vocês não arrumarem essa joça!
Ao citibank, com amor,
Escapista.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Viva Farouk e Hamdam!
Você pensa que o brasileiro é um povo hospitaleiro, feito de pessoas alegres, com aquele malemolejo tupiniquim que só a gente tem, calor no tratamento que nenhum outro povo possui, com muito carnaval e samba no pé para os estrangeiros acharem nosso país o melhor do mundo? Então você precisa saber como tratamos os refugiados palestinos que aqui estão.
Os palestinos que aqui chegaram não recebem orientação, não possuem assistência médica e são enxotados para onde a ACNUR (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) determina. De preferência pra Mogi das Cruzes, para bem longe deles. Longe de Brasília. Se no Brasil as pessoas são livres, é fato que uns são mais livres que os outros. Os palestinos são renegados a invisibilidade social de pedintes transeuntes. Nem isso. A mendicância é um ato que requer comunicação, o que relega o palestino abaixo da linha da miserabilidade. Os palestinos refugiados nem aulas suficientes de português recebem. São deixados no país assim como se deixa boi no pasto.
O posicionamento do nosso corpo diplomático, que no Itamaraty aprende a diferença dos tipos de talheres e como soltar flatos de modo requintado nas festas regadas a uísque contrabandeado, é absolutamente de omissão. Os nossos diplomatas com seus neurônios aristocráticos devem somente pensar: - Fodam-se! Que se deem* por satisfeitos em não tomarem no Brasil um míssil israelita em suas cabeças piolhentas!
Quem sente na pele o tratamento hospitaleiro brasileiro são os senhores Farouk Mostafa Mansour e Hamdam Abu-Sitta, dois idosos palestinos que não falam português e que gostariam de ficar em Brasília e receberem tratamento médico. Farouk e Hamdam em nada foram atendidos e por isso acamparam em frente a requintada sede brasileira da ACNUR no Lago Sul. Lá, Farouk descobriu que os únicos funcionários que cumprem expediente são o porteiro e o segurança. Aliás, Farouk teve uma grata surpresa ao saber que uma tal sra. Margarida, mais uma meretriz com imunidade diplomática, trabalhava na ACNUR. Margarida jogou sua picape com placa azul sobre a calçada com o intuito de atropelá-lo em sua barraquinha. Hamdam, por sua vez, vive sendo despejado em albergues e lugares para tratamento de senis.
Farouk e Hamdam não estão pedindo nenhum favor, somente que a ACNUR e o Brasil cumpram a Convenção para Refugiados firmada pela ONU em 1951, o Protocolo de 1967 e a lei 9474/94. Mesmo acampados como mendigos e tomando banho e fazendo suas necessidades no Lago Paranoá, embaixo das fuças da vizinhança rica e pomposa do Lago Sul, os velhinhos Farouk e Hamdam continuam sonhando com uma Palestina livre. Continuam invisíveis perambulando pelas ruas de Brasília e comendo frutas do chão.
*"Deem" sem circunflexo. Repare que os nossos diplomatas já usam o novo acordo ortográfico desta primitiva língua (sem trema) portuguesa. Eu, como guerrilheiro, ainda prefiro a gramática da Juliana Paes: http://guerrilheirosdoplanalto.blogspot.com/2008/10/novo-acordo-ortogrfico-by-juliana-paes.html
Sobre Macacos e Essências
Foi Aldous Huxley quem o disse.
A Roupa do Rei de Roma
Ainda tem gente que pensa que agora as coisas vão mudar. Nem a cor da roupa de quem vai e de quem chega são diferentes, como se a cor do recheio quisesse dizer alguma coisa neste escritório.
Republicanos ou Democratas, todos os fascínoras concordaram com o paradigma megalomaníaco romano adaptado aos tempos atuais devidamente relembrado por Bush filho antes mesmo de servirem a salada: a importância do papel de liderança dos EUA no mundo.
Essa é a cara da verdadeira miséria, acreditem. Essas pessoas representam aqueles que não aparecem. Mas estes também têm nome, ou melhor, sobrenome, e estão por aí: Rothschild's e Rockefeller's são tão conhecidos como a graduação da impunidade que acompanha a história de suas riquezas. Seus filhos também usam ternos escuros e de bom corte, às custas da nudez famigerante da população deste mundo liderado por eles.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Obituário: Touro Bandido
Viva o Touro Bandido! Já pensou se enterram todos os bandidos como chefe de Estado? Ia faltar Arena em Brasília. Bandido deixou mais de 70 filhos (outras tantas viúvas), 2 mil semens congelados e, pasmem, 4 clones! Bandido em Brasília também deixa seus filhos (vide os Sicranos Junior’s e Fulanos Filhos que andam pelo Congresso Nacional), mas clone já seria demais!
Câncer de pele. Irônico, tendo em vista que Barretos possui um dos melhores centros de tratamento de câncer no Brasil. Touro Bandido não quis se submeter à sessões de quimioterapia. Não ia nem precisar pegar fila. Em Barretos ganhará uma estatua de bronze em tamanho real. Neste ponto, os políticos vencem. A estátua de bronze do memorial JK é três vezes maior do que o Juscelino.
Vá com Deus Touro Bandido! Seria melhor ter virado bife para alimentar a corja faminta de humanos. Virarás Estátua! Que venhas como rato de esgoto na próxima reencarnação!