sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Mega esquema

Quase sempre a mesma coisa: a Mega Sena acumulada em milhões e milagrosamente alguém acerta sozinho em algum distante recanto do país. O que não é nenhum milagre (ou surpresa, sinceramente) é a "descoberta" da Polícia Federal de um mega esquema de fraude nos sorteios, envolvendo desde funcionários e auditores até gente da alta hierarquia da Caixa Econômica Federal (CEF), como um mau-caráter corrupto que possui mais de 4 bilhões em contas de paraísos fiscais (o pior dos saldos, de outro metralha, é de 8 milhões de reais).

O esquema da fraude chega a ser patético, devido a sua falta de originalidade: adultera-se o peso daquelas bolinhas que devem ser sorteadas, conforme o bilhete de aposta de alguma laranja podre e fedorenta que brotou no recanto mais obscuro do país (por vezes, podiam brotar mais de uma, em cantos diferentes, apenas para disfarçar um pouquinho).

Os meios de comunicação brasileiros, sempre coniventes com as maracutais (possivelmente porque levam o "seu" também) deram pouca atenção ao caso: apenas a Record e a Band comentaram o assunto brevemente em um de seus telejornais. Evidentemente, o governo tem todas os motivos para abafar o caso, já que pelo menos uma parte do que não é roubado fica nos cofres do governo para serem roubados por eles, em outros tantos mega esquemas existentes por aí.

Como não temos esperança que aconteça alguma coisa de muito ruim com os responsáveis, sugerimos a contenção de nossa imbecilidade: não façamos mais apostas nessa patifaria. Com toda sinceridade, é melhor deixar para fazer uma fezinha no Jogo do Bicho. Não tenho dúvidas de que esse é mais honesto.

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