quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Ode à miséria moral


Ontem o mau-caráter do sem-pudor Ray-Ban Calheiros renunciou à presidência do Senado. Com isso, garantiu mais uma vez não ser cassado. Todos nós sabemos que a cadeia seria pouco para ele e para toda a corja que o sustenta, incluindo seus comparsas senadores. Por sinal, tenho quase certeza de que eles não tomam e não tomarão nenhuma atitude porque todos devem ter o rabo preso. É uma vergonha, realmente.


A famigerada votação secreta permanece sendo um dos subsídeos utilizados pelas quadrilhas políticas para se esconder atrás do véu da impunidade. O atual governo frustou as últimas esperanças depositadas pelo povo no regime representativo, ao não romper com os velhos lobos da política, tais como Sarney, ACM e outros tantos. O que se vê é a reprodução do caos, da impunidade, do enriquecimento ilícito e do meu constrangimento em ser um ser pensante toda vez que abro um jornal. O episódio Calheiros foi apenas mais um ato dessa ode à miséria moral que se tornou a política brasileira.


(A foto é de Alan Marques, da Folha Imagem, e mostra o estapafúrdio coronel José Sarney congratulando seu pupilo depois da leitura da carta-renúncia).

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