terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

As pupilas do senhor reitor da UnB


Vamos aos fatos:

1 - o desprezível reitor da Universidade de Brasília utilizou verbas da Finatec para "remodelar" o apartamento funcional que mora com sua família. O gasto total da obra foi de R$ 470 mil. Segundo o imbecil reitor Timothy Mulholland: "não se mobília uma casa de qualquer maneira. Têm linhas de estética para poder ter um conjunto harmonioso". Para contemplar o padrão estético do salafrário, dentre os ítens comprados com dinheiro público, encontrava-se um saca-rolhas de R$ 859 e três lixeiras com preços de quase R$ 1 mil, entre outras coisas;

2 - a desculpa (sempre existe uma) é de que o apartamento é usado de forma institucional, pois recebe puxa-sacos e demais entidades que precisam de um ambiente acolhedor para tramar suas falcatruas. Detalhe: quem já teve (ou tem) o desprazer de lecionar ou de assistir aulas nas dependências da Universidade, no "complexo do minhocão", conhece bem o que significa um "ambiente acolhedor": ou se morre de calor, ou se enlouquece com o barulho das salas vizinhas, o que causa, na melhor das hipóteses, um desconforto entre professores e alunos. Nem mesmo a porcaria do "complexo do minhocão" tem uma pinturinha sequer. Acho que diversos presídios brasileiros possuem instalações menos piores;

3 - Pau-mandada e cagalhona, a Fundação Universidade de Brasília (FUB) divulgou nota oficial para esclarecer que sua decisão quanto a destinar um de seus imóveis para servir de residência oficial para os reitores da UnB e "mobiliá-lo adequadamente" foi tomada tendo em vista os interesses maiores da Instituição;

4 - Parecendo ser de livre e espontânea vontade, o malandro do seu Timothy não-sei-o-quê declarou hoje, em carta pública, que decidiu pela imediata desocupação do imóvel, "sem qualquer apego pessoal, sensível às preocupações da comunidade universitária e para preservar a Instituição". Aproveitou na referida carta para dizer que a UnB está investindo recursos não sei-no-quê, não-sei-aonde, blá-blá-blá. O que não apareceu na mídia (ou apareceu de forma irrisória) foi a mobilização da comunidade acadêmica contra mais um ato ilícito, que visava o favorecimento pessoal de mais um colarinho branco. Diversos estudantes e membros desta comunidade literalmente acamparam em frente ao prédio da folia e em frente à reitoria do prazer. A pressão funcionou. Não existiu aqui nenhum tipo de auto-consciência, tenham certeza disto.

5 - Sugiro aos órgãos investigadores que dêem uma olhada na mudança do pilantra e que arrumem um mandato para vasculhar a nova residência;

Já que o malandro ainda tentou sair por cima desta presepada, sugiro aos estudantes que vaiem o troca-letras em todas as suas aparições públicas, formaturas, seja o que for, até o final de seu mandato e mesmo em sala de aula, se ele tiver a cara-de-pau de voltar para uma. As pupilas do senhor reitor quase explodiram, tamanho o seu olho grande. Esta não será esquecida, tenho certeza.

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