quinta-feira, 3 de abril de 2008

O Fim do Mundo - Parte II


Nenhum extraterrestre aborrecido poderia nos acusar de falta de criatividade. Inventamos a cada dia diferentes formas de acabar com o mundo. Ninguém faz isso melhor que a humanidade...nem Deus! Deus de vez em quando (entenda-se por milhões de anos) manda um asteróide, cometa ou coisa parecida para acabar com o planeta. “Ele” tem alguns outros projetos de longo prazo, como o resfriamento do Sol, mas isso vai levar bilhões de anos. Na verdade, de acordo com o meu parco e patético conhecimento bíblico, o mais criativo que o “Todo Poderoso” conseguiu fazer para acabar com o mundo foi bombardear com bolas de fogo uma cidade e transformar os cidadãos que olhassem pra trás em estátuas de sal. O homem é mais criativo. Até um dia desses, em post anterior, eu achava que o Tata Nano (um carro que custa $ 2.500,00) ia acabar com o mundo. Ledo engano...

O novo candidato ao título de Cavaleiro do Apocalipse é um túnel de 27 quilômetros que custou 8 bilhões de dólares e 14 anos de pesquisa. O Grande Colisor de Hádrons é um acelerador de partículas, no qual a colisão de prótons recriará energias e condições vistas pela última vez a um trilionésimo de segundo após o Big Bang. Os pesquisadores analisarão os destroços destas recriações primordiais em busca de pistas sobre a natureza da massa e de novas forças e simetrias na natureza. Isto é, se ainda haver alguma coisa para analisar ou alguém que faça isso.

Cientistas mais sérios ou que ficaram fora da festa dos recursos gastos com o colisor acreditam que o acelerador possa produzir, entre outros horrores, um minúsculo buraco negro, que, segundo eles, devoraria a Terra. Ou que possa cuspir um "strangelet" (não me pergunte o que é isto!), que converteria nosso planeta a uma massa densa morta e encolhida de algo chamado "matéria estranha".

O Colisor vai ser ligado esse ano. Vou abrir uma garrafa de vinho. Quero estar embriagado e dando risada quando o fim do mundo chegar!

Um comentário:

Anônimo disse...

Criativo, porém ignorante.