terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Abre o olho, "honorável" Kim


A Filarmônica de Nova York interpretou nesta terça-feira, 26, os hinos da Coréia do Norte e dos Estados Unidos no início de seu histórico concerto em Pyongyang, que levou ao país comunista a maior delegação estadunidense em meio século. O concerto é histórico, pois é a primeira vez que um agrupamento cultural de lá do nível da Filarmônica de Nova York se apresenta na capital do país comunista desde o fim da Guerra da Coréia, em 1953, concluída com a assinatura de um armistício, mas não com um tratado de paz.

E já estão dizendo que a iniciativa está reaproximando os históricos rivais. Está? O líder norte-coreano Kim Jong-il não estava entre as 2.500 pessoas presente no Grande Teatro Pyongyang Leste. Portanto, sugiro ao "honorável" Kim que leia nosso post de hoje.
Saiba, "honorável" Kim, que por aqui estão lembrando do episódio de 1959, quando a mesma filarmônica tocou na antiga URSS. Seu diretor musical, Lorin Maazel, declarou que naquela época o concerto "teve um efeito tão duradouro que eventualmente as pessoas no poder se viram fora do poder". Perguntado se acreditava que o mesmo iria ocorrer na Coréia do Norte, ele respondeu: "Não existem paralelos na história; existem similaridades". Por aqui, "similaridade" tem outro nome. Abre o olho, "honorável" Kim.

Sobre a impessoalidade e a frieza de Brasília


"Cansados da impessoalidade das siglas, os moradores de uma das ruas da QI 21 do Lago Sul decidiram batizar o Conjunto 2 de Rua da Amizade. Vindos de todas as partes do país, eles tiveram a idéia de pintar a placa na entrada do conjunto com algo que desse a cara de como se sentem. Lá, a vizinhança cuida uns dos outros como se fosse uma pequena cidade do interior. Quando alguém passa o fim de semana fora, os amigos ficam de olho na casa para ver se tem algum movimento estranho ou risco de furto. Além disso, existe uma tradição entre os vizinhos. Sempre que alguém se muda para o conjunto, os demais moradores fazem um evento de boas-vindas." Correio Brasiliense na web de hoje.
Quem me conhece, não duvida se eu disser que quase chorei ao ler esta matéria. Quase! Como emigrante, já estou tempo suficiente vivendo nesta cidade para me sentir o maior solitário do mundo! Não sei se a cidade foi imaginada projetanto isso (em muitos lugares não existe nem ao menos calçadas que prevessem o "encontro" das pessoas), mas fato é que as coisas funcionam de outra forma por aqui, mais "impessoais", por assim dizer. Um custo de vida, nada além disso (acreditem: acabamos nos acostumando).
A iniciativa dos "amigos" é louvável e de certa forma anárquica (reparem na foto que eles escreveram sobre patrimônio público. Vindo do Lago Sul, o ato é "bonitinho" e vira matéria no jornal. Vindo da favela, seria visto como pichação, crime). Todavia, a iniciativa é válida e os Guerrilheiros aproveitam para sugerir que a população residente em Brasília adote a idéia, mesmo isto sendo proibido pelo Iphan no Plano Piloto. Mas, por favor, sem hipocrisia. A "rua das farmácias" é a "rua das farmácias" (302 Sul) assim como a "rua das putas" É "a rua das putas" (714 Norte).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

UnB: Quem te viu...quem te vê!


Digitei 3 palavras no Google: “professor” “picareta” e “UnB”. Qual a minha surpresa ao aparecer somente 740 ocorrências. Esperava um número de ocorrências maior do que a palavra "Sexo", campeã absoluta na Internet. Foi decepcionante, afinal são vários anos de UnB, e meu computador nem “deu pau” ao procurar professor picareta na UnB.

Enquanto isso, Darcy Ribeiro se revira no túmulo. A gastança do reitor Thimothy Mulholand com dinheiro suspeito da Finatec foi acatada pelos docentes por 157 votos contra apenas 2 professores contrários e 18 que se abstiveram. Resultado: o reitor fica.

Para muitos docentes, todas essas denúncias contra o reitor são manobras para privatizar a UnB ou culpa do Consenso de Washington. Essas são apenas algumas das bizarrices que mostram muito bem o nível atual de nossos professores extasiados pelo ócio típico de funcionários públicos acomodados. “Viva a UnB!” bradavam uníssono os representantes dos docentes da Universidade.

De acordo com o chefe do Departamento de Filosofia, a maioria dos representantes possui cargo e regalias providos pela reitora. Soma-se a isso o temor do fim da Finatec, que é um buraco sem fundo para contratos irregulares com o Poder Público e representa uma boquinha para os professores que querem engordar os seus rendimentos.

Desanimado, sou mais específico na minha pesquisa na Internet. Procuro por um professor que não tinha formação, não conseguia dar aula por falta de massa crítica, não lia os textos que ele mesmo passava aos alunos e de quebra, de vez em quando, chegava em sala cheirando a cachaça. Bingo!!! O Google não me decepcionou! Seguem alguns testemunhos:

“O Professor eh mto picareta (SIC).. ele enrola com discussões que não tem nada haver com a matéria, falta muito, não sabe quais os textos vai usar, e ainda nunca segue o programa.. ele não deu a matéria toda, e ainda se achava no direito de exigir algo”.

“Ele é meio picareta.... não vai a algumas aulas, não passa os textos direito”

Esse cara é um safado, a Universidade deveria xicotear (sic) ele em praça pública para ele deixar de ser picareta. É o pior depois do Donizeth e empata com o Nielsen”.

Praqueles mais curiosos, os comentários são em relação ao professor Paulo Afonso, do Instituto de Ciência Política. Paulo Afonso hoje vive em um apartamento funcional da UnB, arrecadando fábulas para o seu bolso e de outros professores através de cursos picaretas de especialização.

As vezes eu invejo Darcy Ribeiro por estar morto e não presenciar tudo isto. E “Viva a UnB!”

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Homenagem a Sérgio Naya: um brasileiro!


Hoje faz 10 anos que o edifício Palace II desmoronou no Rio de Janeiro. Morreram 8 pessoas. Na época, bombeiros e peritos encontraram no local pilares ocos e indícios de areia de praia na construção, que teve que ser implodida seis dias após o desabamento parcial.

Algumas famílias ainda esperam por indenizações e outras ainda moram em hotéis.

Sérgio Naya, deputado federal por três ocasiões, é o dono da construtora que faz castelos de areia.

Sérgio Naya até pouco tempo declarava possuir só 500 milhões de reais em patrimônio. Seriam 15 emissoras de TV e 20 de rádio em Minas, 800 imóveis nos Estados Unidos, 3.000 (vou até escrever pra não ter dúvidas “três mil”!) na Espanha e 5.000 (cinco mil!!!) em São Paulo, cinco fazendas, 75% do St Paul Park Hotel, em Brasília, um complexo turístico não acabado em Ilhéus.

De acordo com seus próprios dizeres, Sérgio Naya não toma champagne em taça de pobre.

O pobre Sérgio Naya, de acordo com seus advogados, perdeu grande parte de seu patrimônio e hoje possui apenas 100 milhões de reais.

Os brasileiros pagam a polpuda aposentadoria de ex-deputado de Sérgio Naya.

Em 2005, Sergio Naya foi absolvido pela justiça da acusação de ter causado o desabamento do prédio.


Não só a justiça dos homens, mas a Justiça divina também poupa Sérgio Naya. Ele só sofreu dois AVC’s e também sofre de gota.

Brasília, como sempre, recebe de braços abertos pessoas como Sérgio Naya, condecorado com a medalha “Mérito Alvorada” pelo Governo do Distrito Federal e a Ordem do Mérito Comercial pela Confederação do Comércio de Brasília.

Ao final da nossa digníssima Constituição Federal, o penúltimo nome de participantes, podem conferir...lá está o nome de Sérgio Naya. Também assinam Humberto “imprimo santinho na gráfica do Senado” Lucena; João “ganhei 60 vezes na loteria” Alves; José “mensalão” Genuíno; Renan “ray ban” Calheiros; Roberto “rato magro” Jefferson e outras figuras inomináveis.


Depois ainda dizem que devemos respeitar a nossa Constituição Federal.


Sérgio Naya está solto. Sérgio Naya continuará solto.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Brasília: Onde os playboys vencem


A quadra 304 sul de Brasília fica no Plano Piloto que, como tal, é lugar da classe média alta da capital. De uns tempos pra cá, nas redondezas de um bar de sinuca (Barzão), difundiu-se o tráfico de drogas, um ponto pra playboyzada viciada comprar seus papelotes em paz. Todo mundo sabia disso, até a polícia. Porém, uma briga entre traficantes e um tiroteio, com direito a balas invadindo apartamentos e atingindo um casal de Playboys que namoravam no estacionamento do Bloco, fez com que a polícia fechasse o Barzão e reforçasse o policiamento da quadra.

No Correio Braziliense de hoje a notícia é de que a PM está revistando todo mundo suspeito. Achei que eles aprendessem na academia que não existem pessoas suspeitas, mas sim atitudes suspeitas. Mas não, eles não aprendem. Pergunte pra qualquer negro, ou pessoas que não se vestem com roupas caras quantos baculejos (revistas) eles já tomaram de policiais. Faça a mesma pergunta pra um “mauricinho” branco, com gel no cabelo, camisa pólo, e tire suas conclusões. A máxima "Perdeu Playboy!" é coisa do Rio de janeiro. Aqui em Brasília, playboy não perde nunca.

Parabéns aos moradores da 304 sul. Mais policiamento e segurança, menos tráfico e tiroteios. Sugestão para a Polícia Militar do DF. Itapuã, Samambaia, Ceilândia e outras satélites também existem tiroteios e assassinatos diários. Peguem um mapa, aprendam o caminho e reforcem a segurança desses locais também.

Pelo fim do Timemania


O Timemania foi criado para pagar as dívidas dos clubes de futebol no Brasil. O cidadão escolhe o time do coração e aposta achando que está ajudando seu clube. Por que diabos os clubes querem pagar suas dívidas? Eles sempre acumularam dívidas e nunca tiveram interesse em quitá-las. A resposta é simples: Todos querem suas certidões negativas para fazerem mais dívidas. O Timemania não acabará com a mania dos dirigentes de fazer dívidas.


Quando os times serão obrigados a serem empresas? Quando os dirigentes irão pra cadeia como sonegadores? Eu me proponho a pagar as contas do Santos, meu time do coração, mas em troca eu quero os dirigentes na cadeia. É justo!


Para a população indignada avoco a sugestão de Juca Kfouri: "E, enfim, eu, se fosse você, parava de pagar suas obrigações com a Previdência e com a Receita, juntava um bando de inadimplentes e batia na porta do Palácio do Governo, pedindo uma loteria pra você".


No quadro, a lista de Kfouri com os maiores devedores.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Sobre as cotas nas universidades brasileiras


O ator, comediante (e filósofo) estadunidense Chis Rock, declarou em um de seus shows: "um negro medíocre não consegue ser nem gerente do Big Burger. Um branco medíocre consegue ser até presidente dos Estados Unidos".

Abuso de autoridade em Porto Alegre

Se ficarmos postando todos os abusos de autoridade que temos notícia, nosso blog terá que mudar de nome. Algo como “Tememos a Polícia” talvez servisse. Mas, apenas para constar, nesta sexta-feira, em Porto Alegre, conforme noticiou o tablóide Zero Hora, mais de cem manifestantes ocuparam a entrada principal da PUC para protestar contra a Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Cidades, que acontecia no local.

Participaram da manifestação catadores de materiais recicláveis, desempregados e trabalhadores sem teto que se uniram no encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas, evento contrário à conferência. Resultado: bastaram dez policiais para reprimir o protesto.

Como se não bastasse, o tablóide ainda declarou na sua reportagem que o trânsito na Avenida Ipiranga, que estivera congestionado em função do legítimo protesto, já estava normalizado!!! Isto me lembrou a passagem do poema “Construção”, de Chico Buarque: o operário da construção, ao cair do prédio, “morreu na contramão atrapalhando o tráfego”. Com juízes federais o buraco é mais embaixo. Com gente comum, como se vê, no máximo se atrapalha o trânsito.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

PM's em Brasília bebem Cachaça


O salário de um PM em Brasília é o maior do Brasil. Passa dos 4 mil reais iniciais, maior que o salário de delegado da Polícia Civil em São Paulo, ou até mesmo do que muito professor universitário com doutorado.

Esta cena aconteceu o ano passado. A partir de agora, talvez incentivado pela história do juiz federal no post de hoje, vou denunciar qualquer falcatrua da corja policialesca que assola o país.

Desta vez não tem nomes nem placas de viaturas, porém, prestarei mais atenção nas próximas feitas. Fui testemunha viva que no Bar e Distribuidora de Bebidas Piauí, localizada na SQS 403 da capital, policiais bebem cachaça em serviço, sem pagar, e em copos de plásticos pra disfarçar. O balconista servia como se aquilo fosse um hábito.

Após a cachaçada, deve ser usual a represália ocorrida com a população no carnaval deste ano. É como se fosse o marido chegando bêbado em casa e espancando sua esposa. Coisas de Brasília...

As pupilas do senhor reitor da UnB - Parte 2


Eu havia citado dois intenzinhos no primeiro post. Segue agora uma lista mais detalhada da mobília e dos equipamentos comprados para o apartamento da reitoria da UnB, na 310 Norte, que chamam a atenção pela ostentação. A propósito, o Ministério Público declarou que a reforma até pode ter base legal, mas não tem base moral, e que o órgão vai pedir o dinheiro de volta (adorei)!

Fatura

-Cadeiras, poltronas, mesa de centro, cabeceira da cama e banco - R$ 69.566

-Refrigerador, freezer, fogão, lava-louças, adega etc - R$ 31.150

-Toldos - R$ 10.400

-Dois faqueiros - R$ 3.998

-Taças de vinho e copos de uísque - R$ 4.590

-Home cinema - R$ 36.603

-Tapetes, persianas e colchões - R$ 37.668

-Telas artísticas - R$ 21.600

-Palha para revestimento, xales de seda, tapetes e almofadas - R$ 20.562

-Plantio de 16 vasos com plantas - R$ 7.264

-Três lixeiras - R$ 2.738

-Instalação de ar-condicionados nos quartos - R$ 11.470

-Instalação de luminárias - R$ 9.845

Fonte: Notas fiscais obtidas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, publicadas pelo Correio Brasiliense. Curiosidade: o reitor declarou que o apartamento deveria ficar "sensasional" para receber pessoas importantes e realizar reuniões da mesma natureza. A contar pela fatura, parece que os quartos da casa também eram usados para este fim.

O Juiz, a Polícia e o Malandro.


Segunda-feira de carnaval, saio de casa perto das 22:00 horas para encontrar a namorada na porta do Circo Voador, na Lapa. Lá chegando, saio do táxi falando ao celular para encontrá-la. Mas não é só. Além de tênis, bermuda e camisa, usava um chapéu, desses vendidos em todos os cantos da cidade a R$ 5,00. Presente da namorada. Coisa de mulher.

Então, atravesso a rua e quase sou atropelado por um camburão com luzes e lanternas apagadas com a inscrição CORE no carro. No mesmo momento o motorista grita " Ô malandro" e eu, assustado, dou um pulo para a calçada, peço desculpas e viro as costas, continuando ao celular e andando, já na calçada.

Ai, percebo que a viatura andava ao meu lado, com três policiais de preto, ao que escuto, em alto e bom som: "Saia da rua, seu malandro e bêbado". Nesse momento, pensei: Isto não é jeito de tratar as pessoas na rua e respondi: "Não sou bêbado nem malandro; se vocês não estiverem em operação, está errado andarem com essa viatura preta e apagada, pois quase me atropelaram e vão acabar atropelando alguém!"

Oportunidade em que os homens de preto descem da viatura dizendo: "Ô malandro, tu é abusado, tá preso". Ato contínuo, diante da voz de prisão, estendo os dois braços para ser algemado. Pergunto ao mais novo dos três, que estava completamente alterado: "Qual o motivo da prisão?" Resposta: "Desacato". Pergunto novamente: "O que os senhores entendem como desacato?" Resposta: "Até a DP a gente inventa, se a gente te levar pra lá". Neste exato momento, percebendo a gravidade da situação, disse: Estou me identificando como juiz federal e minha identificação funcional está dentro da minha carteira, no bolso da bermuda. Imediatamente o policial novinho, que se identificou como André e na DP disse se chamar Cristiano meteu a mão no meu bolso, pegou a minha carteira e a colocou em um dos bolsos de sua farda preta. Então o impensável aconteceu! Disseram: "Juiz Federal é o c..., tu é malandro e vai para a caçapa do camburão.

Fui atirado na mala do camburão como bandido, algemado, porém, com o celular no bolso e os três policiais do CORE da Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro, dizendo que no máximo eu deveria ser "juiz arbitral ou de futebol". Temendo pela vida, por incrível que pareça me veio aquela frase de Dante, da sua obra "Divina Comédia": "Abandonai toda a esperança, vóis que entrais aqui". Então, sem perder as esperanças, peguei o celular do bolso mesmo algemado e liguei para a assessoria de segurança da Justiça Federal informando a situação, bem baixinho, e que não sabia se seria levado para DP, pedindo para acionar a PM e localizar a viatura do CORE que estava circulando pela Lapa comigo jogado algemado na mala.

Após a ligação, disse-lhes uma única coisa, ainda na viatura. "Vocês estão cometendo crime, ao que escutei dos três, aos risos: "juiz federal andando com esse chapéu igual a malandro. Até parece. Se você for mesmo juiz, a gente vai chamar a imprensa, pois juiz não pode andar como malandro."

Na delegacia, as gracinhas dos policiais continuaram: "Olha o chapéu do malandro". Então eu disse, já me sentindo em segurança: "Vocês querem que eu tire o chapéu e vista terno e gravata?"

O fato é que já na presença do delegado as algemas foram retiradas e, vinte minutos depois, um dos policiais de preto vem ao meu encontro e me pede: "Excelência, desculpas, nos agimos mal, podemos deixar por isso mesmo?" Respondi: "Primeiro. Não me chame de Excelência, pois até há pouco vocês me chamavam de malandro. Segundo. Não, não pode ficar por isso mesmo. Como é que vocês tratam assim as pessoas na rua, como se fossem bandidos. Terceiro. Vocês três não honram a farda que estão vestindo. Quarto. Desde a abordagem policial agi apenas como cidadão, no que fui desrespeitado e, depois de ter me identificado como juiz federal, fui mais ainda, logo, um crime de abuso de autoridade seguido de outro de desacato.

Depois do circo montado pelo próprio agente do CORE Cristiano, que ligara do interior da DP para os repórteres, de forma incessante, talvez temendo que ele e seus dois colegas de farda preta fossem presos por mim no interior da DP, decidi não fazê-lo porque em nada prejudica a instauração de procedimento administrativo na Corregedoria da Policia Civil, bem como a ação penal por abuso de autoridade e desacato, sendo desnecessário mencionar o dano à minha pessoa, como cidadão e magistrado.

Pensei, por fim: "Se como juiz federal fui ameaçado por três homens de fardas pretas com pistolas automáticas, algemado e jogado como um bandido na mala de um camburão, simplesmente por tê-los repreendido, de forma educada, como convém a qualquer pessoa de bem, o que aconteceria a um cidadão desprovido de autoridade e de conhecimento dos seus direitos?" Duas coisas são certas, de minha parte: Não permitirei nada "passar" em branco, pois são fatos sérios e graves que partiram daqueles que têm o dever de zelar pela segurança da sociedade e, no próximo carnaval, não usarei o presente da namorada, o tal "chapéu". É perigoso. Pode ser coisa de malandro.

Roberto Schuman - Cidadão e Juiz Federal no Estado do Rio de Janeiro

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Os guerrilheiros louvam a atitude do Juiz, que recebeu apoio de ministros, AMERJ, CNJ, OAB/RJ, ANAMATRA, AJUFE e mais um monte de siglas que pouco significam para a população. Porém, segue a patética passagem da nota de desagravo da AJUFE, que justifica com uma tal Lei Orgânica da Magistratura (Loman), que estabelece privilégios aos juízes, os diferenciando ainda mais do cidadão comum. Os Guerrilheiros clamam: "Foda-se a Loman":

"A Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) estabelece que juízes não podem ser presos sem ordem escrita do Tribunal do qual fazem parte, a não ser em caso de flagrante e, ainda assim, quando se trate de crime inafiançável. Mesmo nesses casos, para evitar arbitrariedades como a registrada nesse episódio, o policial tem que, imediatamente, comunicar o fato ao tribunal ao qual o magistrado é vinculado e colocá-lo à disposição do presidente do tribunal".

Um jeitinho cá, outro acolá!


No dia 11 de setembro escrevi neste blog: "O ministério dos Portos não é nada e Pedro Brito não é ninguém. O ministério dos Portos é só mais uma teta criada pra agradar um dos trezentos partidos da base governista".


O ministro Pedro Brito, sabendo que não era ninguém, achou que ninguém ia reparar num embolso indevido de ajuda de custo para mudança para Brasília no valor de R$ 8.300,00. Pedro Brito já morava em Brasília. O mesmo fez Nelson Machado, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, então ministro da Previdência. Machado, sob a mesma justificativa capenga de mudança para Brasília, mesmo já morando na capital, abocanhou 18 mil reais.


Em tempo, Pedro Brito continua a ser um ninguém, só que agora, um ninguém corrupto.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

As pupilas do senhor reitor da UnB


Vamos aos fatos:

1 - o desprezível reitor da Universidade de Brasília utilizou verbas da Finatec para "remodelar" o apartamento funcional que mora com sua família. O gasto total da obra foi de R$ 470 mil. Segundo o imbecil reitor Timothy Mulholland: "não se mobília uma casa de qualquer maneira. Têm linhas de estética para poder ter um conjunto harmonioso". Para contemplar o padrão estético do salafrário, dentre os ítens comprados com dinheiro público, encontrava-se um saca-rolhas de R$ 859 e três lixeiras com preços de quase R$ 1 mil, entre outras coisas;

2 - a desculpa (sempre existe uma) é de que o apartamento é usado de forma institucional, pois recebe puxa-sacos e demais entidades que precisam de um ambiente acolhedor para tramar suas falcatruas. Detalhe: quem já teve (ou tem) o desprazer de lecionar ou de assistir aulas nas dependências da Universidade, no "complexo do minhocão", conhece bem o que significa um "ambiente acolhedor": ou se morre de calor, ou se enlouquece com o barulho das salas vizinhas, o que causa, na melhor das hipóteses, um desconforto entre professores e alunos. Nem mesmo a porcaria do "complexo do minhocão" tem uma pinturinha sequer. Acho que diversos presídios brasileiros possuem instalações menos piores;

3 - Pau-mandada e cagalhona, a Fundação Universidade de Brasília (FUB) divulgou nota oficial para esclarecer que sua decisão quanto a destinar um de seus imóveis para servir de residência oficial para os reitores da UnB e "mobiliá-lo adequadamente" foi tomada tendo em vista os interesses maiores da Instituição;

4 - Parecendo ser de livre e espontânea vontade, o malandro do seu Timothy não-sei-o-quê declarou hoje, em carta pública, que decidiu pela imediata desocupação do imóvel, "sem qualquer apego pessoal, sensível às preocupações da comunidade universitária e para preservar a Instituição". Aproveitou na referida carta para dizer que a UnB está investindo recursos não sei-no-quê, não-sei-aonde, blá-blá-blá. O que não apareceu na mídia (ou apareceu de forma irrisória) foi a mobilização da comunidade acadêmica contra mais um ato ilícito, que visava o favorecimento pessoal de mais um colarinho branco. Diversos estudantes e membros desta comunidade literalmente acamparam em frente ao prédio da folia e em frente à reitoria do prazer. A pressão funcionou. Não existiu aqui nenhum tipo de auto-consciência, tenham certeza disto.

5 - Sugiro aos órgãos investigadores que dêem uma olhada na mudança do pilantra e que arrumem um mandato para vasculhar a nova residência;

Já que o malandro ainda tentou sair por cima desta presepada, sugiro aos estudantes que vaiem o troca-letras em todas as suas aparições públicas, formaturas, seja o que for, até o final de seu mandato e mesmo em sala de aula, se ele tiver a cara-de-pau de voltar para uma. As pupilas do senhor reitor quase explodiram, tamanho o seu olho grande. Esta não será esquecida, tenho certeza.

George Orwell se revira no túmulo


"Infelizmente, o País virou um Big Brother, não como o que passa na Rede Globo, mas como o denunciado por Orson Wells, em sua obra 1984"


Esta frase foi pronunciada hoje, às 16h12. O autor da pérola é o deputado baiano e petista Nelson Pelegrino, que nos proporcionou uma aula de literatura no Plenário da Câmara dos Deputados.


Quem não acredita, entre no site da Câmara e confira nas notas taquigráficas disponíveis.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Polícia Militar Goiana: um exemplo para a sociedade (dos imbecis)


As imagens falam por si mesmas. Ademais, tivemos que censurar outras, a fim de não comprometer o mote de nosso blog (já existe muita pornografia na rede). Em tempo: quando tivemos acesso às fotos, a placa da viatura já estava rasurada, infelizmente!

2008: Já acabou o ano que não começou


Fevereiro já começou e o Congresso Nacional passará por aquele “pequeno” período incomodo que compreende o carnaval e o natal. Porém, já se adianta pelos corredores vazios que nada será produzido pelos nossos competentes parlamentares em 2008. O ano já terminou. Gritaram “Pega Ladrão”!!! e o Congresso ficou as moscas.

Primeiro semestre dará espaço para uma inócua CPI dos Cartões Coorporativos e no segundo semestre, deputados e senadores voltarão para suas bases para as campanhas das eleições municipais.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Bangladesh não é aqui


Finalmente, Bangladesh virou notícia por aqui. A edição deste domingo do Diário Catarinense (o jornal de maior circulação do Estado sulista, do grupo Rede Globo) publicou uma reportagem de página inteira (p. 25) sobre o obscuro país asiático, de que pouco se sabe por estas bandas do planeta.

O assunto não poderia ser mais original: prostituição. Ao ler o libelo literário, descobri que por lá, mais exatamente na cinzenta e empoeirada cidade de Goalundo Ghat, 1,6 mil mulheres e crianças vendem serviços sexuais para mais de três mil homens todos os dias, e por preços módicos, muitas vezes suficientes apenas para alimentar a si e a alguns filhos.

Em Bangladesh, as profissionais do sexo sofrem com a discriminação, e muitas vezes, ao engravidarem, torcem para que seja de meninas, já prevendo o lucro futuro com a entrada das filhas nesta carreira profissional. Pelo visto, algo único e genuinamente bangladeshiniano!!!

Dica para as prostitutas de Bangladesh que sonham em trocar de vida: não se mudem para o Brasil! Por aqui, a coisa pode ser pior. Ao contrário de vocês, em um dos maiores paraísos sexuais da Terra, vossa profissão é tida como criminosa, o que piora - e muito - o exercício de vosso labor. Além disto, não possuímos uma organização como a Bangladesh Women's Health Coalition (BHWC), que, além de defender vossos direitos e viabilizar campanhas educativas de sexo seguro, promove o badalado prêmio de "Melhor Cafetina" para os destaques do ramo.

Seja em Fortaleza ou em qualquer outra cidade do Brasil, profissionais do sexo apanham da polícia, são exploradas por todo mundo e ainda são discriminadas de forma revoltante, todos os santos dias. Pra piorar, estas coisas nunca viram notícia no jornal de domingo.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Cartões corporativos: "porque a vida é agora"

Para quem esteve no mundo da Lua nestes últimos dias (o que é bem possível nestes tempos de carnaval), a última safadeza do Governo é a falcatrua envolvendo os cartões corporativos. Assunto antigo, na verdade, mas que por algum motivo veio à tona agora, provavelmente para ferrar a ex-Ministra Matilde Ribeiro, que não deve ter seguido a cartilha de alguém. Paciência: agora vai sobrar pra mais gente.


Eu gostei da criatividade dos gatunos: restaurantes e aluguel de carros? Antes parasse por aí. Os cartões foram usados também para para pagar despesas em loja de instrumentos musicais, veterinária, óticas, choperias, joalherias, free shop, e até para consertar mesa de sinuca! Como se vê, gastos essenciais e urgentes para o país, conforme a justificativa oficial para a existência destes cartões demoníacos.


São milhões gastos impunemente, desde que esta imbecilidade foi criada. Pelo visto, como diria o saudoso filósofo Bezerra da Silva, "para tirar meu Brasil dessa baderna, só quando morcego doar sangue, e saci cruzar as pernas".

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Quanto custa uma jornalista do Correio Braziliense?


Quanto será que a jornalista Denise Rothenburg está recebendo para plantar notas em sua coluna de fofocas políticas no Correio Braziliense? É a quarta ou quinta vez nos últimos dias que ela publica notas sobre projetos do senador Adelmir Santana (DEM/DF) que podem prejudicar as operadoras de cartões de crédito. Os projetos ditam, dentre outras coisas, a redução das taxas pagas por comerciantes pelo uso das bandeiras. Ela está do lado do senador ou das operadoras?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Psicodelia parlamentar


“Só se a gente ver vaca voando para trabalhar na segunda-feira”.
(deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS), hoje, em entrevista a TV Câmara, sobre ter sessões legislativas nas segundas.)


Os Guerrilheiros sugerem que os deputados coloquem asas em suas digníssimas esposas e senhoras que os pariram e as joguem pelas janelas do último andar de seus luxuosos apartamentos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Turismo Sexual: Venha para o Brasil!


É preciso investir no que a gente realmente é bom. Ninguém vende sexo como no Brasil. Não adianta o Ministério do Turismo gastar fortunas para acabar com o turismo sexual no país. Sexo é o nosso produto de exportação.


Apenas estrangeiros desavisados chegam o Brasil para visitar pontos turísticos. A grande maioria está atrás de sexo. Quem quer praia vai para o Caribe. Lá é mais limpo, menos violento e tem mais estrutura. Nossas belezas naturais são as mulatas! É isso que a gente vende lá fora. Esse é um país bunda e bunda é o nosso princial produto de exportação.


Enquanto isso, no Rio de Janeiro, a "modelo"Viviane Castro desfilou com um tapa sexo de 4cm. Tadinha, deve ter ficado muito envergonhada. Em entrevista, Viviane disse que estava somente representando um personagem de índia. Onde está a FUNAI uma hora dessas????


O jornal britânico "The Sun" estampou a foto da modelo fazendo alusão ao "Brazilian wax" (expressão usada para definir um tipo de depilação pubiana). Uma foto do Ronaldinho Gaúcho faz a função que o tapa sexo deveria fazer. O jornal britânico não faz referências nem ao nome de nehuma das passistas e nem explica a real interpretação das fantasias. Eles são menos ignorantes e sabem que aquilo é somente turismo sexual. Coitada da Viviane...confundiram a índia com uma prostituta sem nome.


É isso que a gente significa no exterior. Um bando de selvagens, prostitutas e iletrados. Na realidade, é isso que a gente é. Se soubessemos aceitar, ganharíamos mais dinheiro com a profissionalização e legalização destas profissões. O governo arrecadaria muito mais impostos, e aumentaria o número de pessoas com carteira assinada. Chega de pudor...isto deve ser feito antes da Copa do Mundo.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Beto Carrero morreu!!


Em comemoração a morte de Beto Carreiro, os Guerrilheiros aderem a campanha "Circo Legal não tem animal" desejosos pela falência de seu circo e de todos os outros que utilizem o artifíco animalesco para atrair o público de pais debilóides e crianças iniputáveis (ver mais em http://www.animaisdecirco.org/ ).


Um pequeno relatório dos negócios do mais recente falecido:


"As empresas de Beto Carrero sonegaram dos cofres públicos, segundo investigações da Receita Federal, cerca de R$ 63 milhões, entre 1994 e 1996. Pelo menos 70% do valor, após notificação, foi pago por meio do Refis (Programa de Recuperação Fiscal).O juiz federal substituto Zenildo Bodnar, de Itajaí, em seu despacho, afirmou que "a motivação de Beto Carreiro para sonegar os impostos foi pura ganância, a vontade de obter lucro fácil, desonesto e criminoso".

O parque temático do Beto Carrero é pra poucas crianças que possuem R$ 80,00 para pagar na entrada. Uma das principais atrações é a educativa "Casa do Beto Carrero". De acordo com o próprio site:
“Aqui você vivencia um grande assalto ao trem, um dos momentos mais marcantes de seu passeio a Terra da Fantasia. É bom esconder todas as jóias e o dinheiro porque o Beto Carrero deu uma saída”


Sim. Deu uma saída e acho que não vai voltar mais. Espero que o ganacioso tenha feito um caixão com gavetas. Que o presunto descanse em paz! Na foto, o morto do lado de um animal do circo chamado Brasil, onde palhaços não faltam...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Don't cry for me, Argentina!


Diálogo de mãe e filho num ponto qualquer do bairro do Leblon, Rio de Janeiro:
- Filho, o que você quer ser quando crescer?
- Político mamãe!
- Mas pra isso tem que estudar muito - responde a mãe.
- Pra que mamãe? - indaga o filho.
- Não pense que todo mundo pode ser um Lula na vida! Tem que estudar sim senhor! - replica a progenitora.
- Mas mãe, não quero ser presidente, pra mim vereador pra ficar dando nome de rua e prefeito pra botar as placas já tá bom demais!
- Mesmo assim tem que estudar filho! Tem que saber bastante história, por exemplo, pra poder nomear as ruas e avenidas com personagens relevantes. - responde a mãe com ar de vencedora do debate.
- Mãe, San Martin foi presidente da Argentina?
- Não filho, por quê?
- Nada não mãe... - responde o filho rindo por dentro e olhando pra placa acima.

Morra Niemeyer!


Prezado Niemeyer,

Você que tanto fez pela humanidade, palácios, bibliotecas, igrejas, museus aos montes, fez até a sede na ONU em Nova Iorque, poderia fazer um último favor aos brasileiros: Morra!

Admiro a sua trajetória, mas ninguém precisa viver mais de 100 anos. Até relevaria caso sua existência fosse benéfica, mas não é. Toda vez que você desenha algo com a sua mão trêmula e seus traços infantis, algum político acha que é a obra mais genial da arquitetura e gasta absurdos do dinheiro público pra construir suas bizarrices de concreto.

Não que políticos entendam de obra de arte. Eles simplesmente enxergam os seus desenhos no papel higiênico feitos em momentos de reflexão sanitária como mais uma maneira de desviar recursos públicos. Comecei a pensar nos benefícios de sua morte quando o então governador Joaquim Roriz prometeu concretizar alguns de seus desenhos na Esplanada dos Ministérios. Em troca, você fez propaganda política para o governador.

Chega de concretos, chega de monumentos suntuosos, chega de igrejas (aliás, como comunista e ateu declarado, você nem deveria se prestar a tal papelão eclesiástico), chega de dinheiro público! Você já transformou uma cidade jovem como Brasília em seu museu particular, que apesar de nova, tudo cheira a velho. Acredito piamente que um dos motivos do alto índice de suicídio em Brasília é incentivado pela sua arquitetura fria e sem janelas.

Mude-se para Cuba e morra tranqüilo, sem mandar nenhum desenho bizarro para nossos políticos. Aliás, em Cuba, acabaram de inaugurar um monumento de 9,5 toneladas que você criou, representando a luta contra o monstro do imperialismo (imagem). Lindo! O meu sobrinho que está por nascer não faria melhor!

Seus prédios não funcionam, não tem utilidade e são caros demais. De acordo com especialistas, suas bizarrices são assinadas com preço 30% acima do mercado. Esta semana a revista “Isto É” publicou uma reportagem com o título: “O Niemeyer que deu Errado”. Sobre o Museu Nacional construído por Roriz, o jornal “New York Times” concluiu: “É uma desonra para um país como o Brasil e desconfortável para a arte”. De acordo com o professor de arquitetura da UnB, Frederico Flósculo: “A biblioteca e o museu são fabulosamente ruins. O museu parece mais uma colina de material de construção, tudo por dentro e por fora é malfeito. A biblioteca é caso de Procon”.

Está vendo Niemeyer! Já não sou voz que clama no deserto. Quem gosta de seus desenhos são os políticos que desviam recursos. Tenho notícias que o senhor irá projetar um teatro, uma casa multimídia e a nova sede da embaixada do Brasil em Cuba. Por favor Niemeyer, morra e não deixe nenhum rabisco de herança. Você já fez o suficiente, agora morra! Ou mude-se pra Cuba, que daria no mesmo.

Pelo fim da hipocrisia: maconha vendida em máquina automática


Saiu no Correio Brasiliense que a Califórnia começou nesta semana a comercializar maconha para fins medicinais e sob prescrição. Na porta de um dos locais de venda, em Los Angeles, um aviso: "A cannabis medicinal pode ser usada para o tratamento e a cura das seguintes doenças: câncer, enxaqueca, ansiedade, epilepsia, distúrbios alimentares, dor crônica, menopausa, diabetes, aids, lúpus, asma, artrite, insônia, náuseas e depressão".


A Califórnia tornou-se hoje o primeiro estado de lá a vender maconha por meio de duas máquinas semelhantes às de refrigerantes. Apesar de o comércio se restringir a pacientes com prescrição médica e obedecer à Proposição 215 — lei estadual aprovada em 1996 — , o consumo da erva é proibido pelo Ato de Substâncias Controladas de 1970, do governo federal. Um rígido esquema de segurança vai preceder o acesso à droga. Guardas vigiarão o uso da máquina, e o paciente terá de apresentar a receita médica nos pontos de venda. Caso o documento seja aceito, funcionários tirarão as impressões digitais do comprador. O pagamento será feito com cartão de crédito pré-pago, que reunirá informações sobre a dosagem (3,5g ou 7g por semana) e o tipo da erva. Depois, o consumidor só precisará ir até a máquina, inserir o cartão e retirar a maconha embalada a vácuo.


Este parece se configurar como um primeiro passo importante na luta contra a hipocrisia. Historicamente, os Estados dopam sua população. Foi assim com o ópio e ainda é com o álcool e com o tabaco. Substâncias como a cannabis deveriam ter sua comercialização revista pelas autoridades. Como um país colonizado que somos, em breve a novidade deve chegar por aqui. O assunto é polêmico, mas que atire a primeira pedra aquele que ler este post com a latinha de cerveja sobre a mesa e o cigarrinho na mão.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Os melhores Prefeitos do Brasil


Seguindo a lógica de que "Prefeito bom é Prefeito morto", segue encimado a lista dos 11 melhores prefeitos do país e que foram assassinados nos últimos 3 anos.


Honra ao mérito ao prefeito de Monte Alto (SP), Gilberto Morgado (PT), que virou caldo de mocotó em 9 de junho de 2006 após cair do 23º andar de um flat em São Paulo. Há suspeitas de que ele pode ter sido empurrado. Também merece menção honrosa o prefeito de Capim Branco (MG), Francisco Enéas Xavier (PR), que em abril de 2005, foi encontrado morto com a marca de um tiro no peito. De acordo com as investigações, Xavier teria cometido suicídio. Se a tese do suicídio for real, diria que ele fez justiça com as próprias mãos.

Os Guerrilheiros do Planalto deixam os votos desejosos para que esta lista seja engordada com mais nomes de excelências.


Estamos bem representados

Na imagem encimada está o Ranking das notícias mais acessadas pelos internautas brasileiros em dois sites de notícias (G1 e Folha de São Paulo).

Notícias sensacionalistas, mulheres nuas, fofocas, futebol e, quem diria, até mesmo uma noticia de economia sobre investimentos estrangeiros (5º mais acessado da FSP), estão listados como as notícias mais acessadas.

O nosso interesse por política continua a ser tão patético quanto nossos políticos.

13 a menos?


Um grupo de 12 deputados federais e um senador brasileiros está preso na Antártida desde sexta-feira, quando devia retornar para a América do Sul. O mau tempo impede o pouso do Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) que deveria transportá-los da base chilena Eduardo Frei até Punta Arenas, no sul do Chile.


A mãe natureza de vez em quando até dá uma forcinha. Fica o registro e a torcida para que eles não voltem.

Os Bancos e o Povo


"A morte de qualquer imposto, em qualquer lugar do mundo é uma boa notícia econômica, mas em um país como o Brasil é apenas um pouco menos impressionante do que foi a queda do Muro de Berlim para o leste europeu" - The Wall Street Journal (hoje).


O Wall Street está errado. O percentual de pessoas que sabe o que significa a queda do muro de Berlim no Brasil é inversamente proporcional ao daqueles que sentirão a morte de mais um de tantos impostos que compõe a nossa pesada carga tributária.


Enquanto isso, mais um Banco (Bradesco) anuncia crescimento recorde de 58,5% em 2007, com lucro de R$ 8,010 bilhões. E a Febraban faz lobby para que não aumente a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSSL ) das instituições financeiras para 15%.


Aumento de impostos para os Bancos, fim de imposto para a população. Se eu não conhecesse meu país, diria que está tudo certo. Bem sabemos quem paga a conta no final (sem direito a saídeira!!)

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Continuem Cuspindo!


Segue ipsis literis um dos comentários que recebemos sobre o post abaixo ("Cuspam Neles!):


"nao sei quem vc é nem como caí no seu blog. mas nao resisto a comentar que esse texto é uma das piores coisas que li em minha vida. meu amigo, renove-se. esse tipo de raciocínio exposto no post expressa a esquerda mais retrógda, preconceituosa e ignorante possível. e vc ainda termina por incitar a violência".


Teceremos alguns comentários:


1) "nao sei quem vc é". Em primeiro lugar eu não preciso ser alguém para manifestar minha opinião. Não preciso ter sobrenome nem ser filho de algum figurão. Não estou acostumado com as diatribes usuais da cultura do "Você sabe com quem está falando!?", parafraseando o antropólogo Roberto DaMatta, assim como o resto da playboyzada brasiliense que usa desses subterfúgios como muleta para a falta de responsabilidade e visão social para com o mundo;


2) "mas nao resisto a comentar que esse texto é uma das piores coisas que li em minha vida". Se essa foi uma das piores coisas que você leu na sua vida, você precisa ler mais. Torcedores do Legião costumam, de vez em nunca, entrar em livrarias. Quando entram, ajudam a alavancar as vendas de "O monge e o executivo" - de James Hunter, ou "Pai Rico, Pai Pobre" - de R. Kiyosaki e Sharon Lechster. Garanto que estas leituras podem te ajudar a ter um pouco mais de base literária para diferenciar o que é realmente ruim do resto;


3) "meu amigo, renove-se". Você precisou de poucas linhas pra mostrar que não possui capacidade mínima para ser "meu amigo". Infere-se nesta a capacidade o conhecimento de conceitos banais, como o raciocínio lógico e a autonomia de pensamento, sem repetir o senso comum elitista que somente contribui para a reprodução das desigualdades sociais;


4) "...raciocínio exposto no post expressa a esquerda mais retrógda, preconceituosa e ignorante possível". Não entendo como uma pessoa que escreve "retrógda"pode chamar alguém de ignorante. Além disso, sugiro que você leia um bom livro de introdução à Ciência Política, como "Política: Quem Manda, por que Manda, Como Manda" - de João Ubaldo Ribeiro em co-autoria com (a tucana) Lúcia Hippólito. Lá, você aprenderá conceitos como "esquerda" e "direita";


5) "e vc ainda termina por incitar a violência". Cuspir não pode ser considerado violência quando é uma reação a 500 anos de estupros, miserabilidade social, extermínio físico e cultural promovido por pessoas que se alinham a um pensamento desprovido de senso crítico, autonomia e consciência social, como mostrou ser o seu e o do resto da playboyzada de Brasília e do Legião Futebol Clube, acostumados a chutar mendigos e a queimar índios. A sua consciência social não deve ir além da "Turma do debaixo do bloco".


Os Guerrilheiros do Planalto gostariam de manifestar que todas as declarações (inclusive as débeis de argumentação) são bem-vindas.


Escapista e Sniper

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Cuspam Neles!







2001 teve alguns fatos marcantes. 1) Iniciou-se o milênio 2) Bin Laden mandou enfiar dois aviões no World Trade Center; 3) O futebol começou a acabar.

Sim, o esporte bretão, ópio das massas e passatempo principal do brasileiro começou a acabar. O evento que marca este fim, não poderia ser diferente, iniciou-se em Brasília. Fundou-se o lastimável Legião Futebol Clube.

Legião está na primeira divisão do campeonato brasiliense e é inspirado na banda Legião Urbana. Não sei nem se o Renato Russo entendia de futebol, acho que ele gostava mesmo era de vôlei ou ginástica olímpica. Independentemente disto, o pior do Legião não vem do time, mas sim da arquibancada. O pior do Legião é a sua torcida.

Engomados, de óculos Ray Ban e camisas engomadas acostumados com o jeito VIP de ser de Brasília. No site do clube, o Legião, antes de se colocar como um time, se apresenta como uma “marca”de respeito. Isso mesmo, uma marca pra poder se diferenciar do resto, da ralé, da escória da pobreza. Assim como eles fazem com os carros e roupas.

Ainda no site do clube, o Legião promete resgatar “o prazer de se ir ao estádio, com o mesmo conforto e segurança que se vai ao teatro”. Um torcedor comum, ralé, não tem dinheiro pra pagar 80 reais pra ir a um teatro (40 reais a meia – para estudantes- , mas o torcedor normal também não tem dinheiro pra estudar, e se tivesse, também não teria os 40 reais). Vou copiar e colar o texto do site para dar uma noção do absurdo:

“Os torcedores são recepcionados com sinalização na área externa do estádio, loja de produtos oficiais e venda de ingressos, túnel inflável personalizado para entrada do público, bar/lounge temático, cadeiras com protetores higiênicos personalizados, serviço de manobrista opcional, segurança, serviço de som ambiente para informações, sorteios e música nos intervalos, limpeza contínua dos banheiros, e muita segurança em um ambiente familiar”.

O túnel inflável e cadeiras com protetores higiênicos nos dá uma noção perfeita do contato que os almofadinhas do Legião se permitem com o povo. Porém, o site pondera que tudo isso pode ser conseguido por um preço ao alcance de todos: R$ 540,00 e você já pode ser um "torcedor diamante". Porém, para os menos VIPS, existem as opções "torcedor ouro" e "torcedor bronze".

Em defesa do futebol, para que ele nunca perca sua essência, a única reação pacífica e imaginável possível que um ser humano que se preze deve ter ao encontrar com alguém vestindo a camisa Pólo do time do Legião é uma cusparada. Tirem o escarro do fundo da alma dos espíritos tuberculosos e cuspam na camisa do engomadinho. Isto é, se o túnel inflável personalizado deixar...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Ouro de Tolo


Deixe eu revelar um segredo que você não vai encontrar no livro "O Segredo": Você é um grandessíssimo idiota, ridículo, limitado e só usa dez por cento de sua cabeça animal.


Tá, isso não é segredo pra ninguém. Raul Seixas disse isso a mais de duas décadas. Como humanos, todos nós somos limitados e idiotas. Quando morrermos, todos viraremos cocô . Se você aceita isso, é um grande passo pra ser menos idiota que os outros. O resto dos idiotas se recusam a aceitar que a nossa existência é totalmente dispensável para o Universo e gastam tempo e dinheiro com baboseiras esotéricas e religiosas. Acredite de uma vez por todas: Você não é especial! Você é um bosta! Todos nós somos! Como diria Marcelo Gleiser:


"O sucesso do esoterismo pseudocientífico é reflexo da difícil condição humana, da dificuldade de sempre aceitar que somos seres limitados, com vidas finitas, num Universo que nada liga para nossa existência. E que temos de assumir a responsabilidade pelas nossas escolhas".


Agora jogue o seu livro "O Segredo" no lixo.

Movimento "Foda-se Madeleine!"





A estória é curta e rápida: Era uma vez um casal de idiotas que tinham uma filha branca e com cara angelical. O casal se entorpeceu, ficaram doidões, mataram a menina e fritaram o corpo. Ponto final.

Mas a imprensa precisa vender. A história de Madeleine, o chaveiro da Madeleine, a boneca de brinquedo inspirada em Madeleine, o vídeo pornográfico de Madeleine...pois eu digo: Foda-se Madeleine!

Nada contra a pirralha, e sim com a indústria sensacionalista e alienante que orbita nesta menina. Enquanto isso, a imprensa não publica nenhuma notícia sobre as centenas de desaparecidos negros, pobres e marginalizados. O jornal britânico “The People” até encomendou uma foto projetando a aparência de Madeleine nos dias de hoje. Gastaram dinheiro à toa. Eu faria isso de graça. A aparência dela está logo acima. Foda-se Madeleine!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Barbudo Pedófilo


Era uma vez um garoto gordo com uma infância problemática. Sua mãe era uma meretriz, poderíamos dizer que ele era um legítimo Filho da Puta. Seu pai era um cafetão viciado em todos os tipos de drogas que agenciava sua mãe. Por vezes, seu pai embriagado chegava em casa e o surrava gratuitamente, quando não o abusava sexualmente.

O garoto cresceu, envelheceu, ficou mais gordo ainda e deixou a barba branca crescer. Na verdade era uma barba mais pra amarelada, aquele amarelo cheirando a nicotina sustentado pela sua vida desregrada. Apesar de não ser o Michael Jackson, nutria a mesma fixação e apreço por criancinhas. A pedofilia era um hábito cultuado em seu dia-a-dia. Para atrair um garotinho (a) o velho barbudo dava brinquedinhos e doces ao infante desejado. As crianças, em sua grande maioria eram pobres, miseráveis, sem donos (pais) e sem pedigrees (sobrenome). O velho gordo e pedófilo traçava todas, sem dó nem piedade, saciando sua sanha sexual fedorenta.

Certa feita, um grupo de empresários de um refrigerante ainda famoso viu o velho escroto em ação. Ele tentava fisgar com presentes e guloseimas crianças de um bairro pobre. Eles achavam que aquele homem poderia ser vendido e com isso, gerar algum lucro para a empresa. De fato, eles vendiam tudo, vender era (ainda é) a especialidade deles. Não interessa que não tenha valor, eles agregam; não interessa que não tenha utilidade, eles inventam. O fim era sempre o mesmo: Lucro.

Foi feita uma proposta irrecusável ao velho glutão. “Veste essa fantasia vermelha e coloca um chapéu ridículo, o resto, deixa com a gente”. Em troca, os empresários transformaram o velho pedófilo e filha da puta num ser cultuado e desejado pelas crianças cristãs. Teriam que ser crianças cristãs, pois o velho sempre nutriu o sonho de um dia ser padre e poder viver cercado de coroinhas. Crianças hindus, budistas e muçulmanas eram desprezadas pelo velho. O velho passou a se chamar Santa Claus, ou Papai Noel, aqui no Brasil. Todas as crianças cristãs bem criadas, com pedigrees, desejam que o Papai Noel (Santa!) as visitem no dia em que supostamente Jesus Cristo nasceu. Porém, na Favela Baixa do Sapateiro, no conjunto de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a história é diferente. No domingo (16/12), o Helicóptero com Papai Noel foi recebido a balas de fuzil. Santa Claus prefere acreditar que erraram os tiros, eu prefiro pensar que era só um aviso. Na favela, Santa Calus aparece de saco vazio e todos sabem as reais intenções de Papai Noel.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O melhor travesseiro do mundo

Outro dia, quando eu perdia meu tempo nas Lojas Americanas, vi numa prateleira um travesseiro que custava quase cem reais. Pensei comigo que aquele deveria ser o travesseiro mais caro do mundo! Exagero meu, é claro.
Uma pesquisa rápida no google mostrou que o travesseiro mais caro do mundo tem o (apropriado) nome NASA, um libelo de material viscoelástico de última geração, moldado com alta viscosidade e densidade comercializado em mais de 40 países no mundo. Não por acaso, ele é um travesseiro auto-moldável e termo-sensível, que se adapta ao contorno e temperatura do corpo, exercendo menos pressão nas áreas mais quentes ou salientes e facilitando, assim, a circulação sangüínea. Realmente impressionante!
Logo pensei que muitos familiares e agregados de clãs como o Calheiros, Sarney, Magalhães e Macedo (o do demônio) podem comprar a quantidade que desejarem de Travesseiros NASA para dormirem sossegados. Mesmo assim, me ocorreu que nenhum deles deve ter um sono tão descansado como o meu, ainda que minha cabeça repouse em um travesseiro vagabundo que custou menos de vinte pratas. Pelo menos o meu sono é leve, ainda que não tão confortável.

Placa energética púrpura (ou, sobre a picaretagem não ter limites)

"Feita de alumínio anodizado na cor violeta, uma cor do espectro solar que atua desde os níveis físicos até o mais sutil, ela permanece em ressonância com uma vibração de alta freqüência a qual chamamos de força de energia vital. A placa eleva de forma gradativa a freqüência vibratória daqueles que as usam, reduzindo as vibrações negativas do corpo físico, dos alimentos e da água".

Este é o texto de apresentação de um dos produtos mais picaretas da história da humanidade. Além desses atributos mágicos, na propaganda televisiva de um daqueles canais de muambeiros existentes na TV a cabo, a placa promete combater a insônia, o estresse, a epilepsia, convulsões, picada de abelha, azedura de abacaxis, impotência sexual e moral, além do mal caratismo (ao que parece, seus fabricantes não foram imbecis o suficiente para usar o engodo).
Esse tipo de maracutaia não carece de registro no Ministério da Saúde? Se tiver algum - o que eu duvido muito - ele deve ter custado bem caro para a quadrilha que o trouxe para o Brasil. E o povo - pobre do povo - pensando ser inteligente paga uma e leva duas placas, aproveitando-se da promoção.

Mega esquema

Quase sempre a mesma coisa: a Mega Sena acumulada em milhões e milagrosamente alguém acerta sozinho em algum distante recanto do país. O que não é nenhum milagre (ou surpresa, sinceramente) é a "descoberta" da Polícia Federal de um mega esquema de fraude nos sorteios, envolvendo desde funcionários e auditores até gente da alta hierarquia da Caixa Econômica Federal (CEF), como um mau-caráter corrupto que possui mais de 4 bilhões em contas de paraísos fiscais (o pior dos saldos, de outro metralha, é de 8 milhões de reais).

O esquema da fraude chega a ser patético, devido a sua falta de originalidade: adultera-se o peso daquelas bolinhas que devem ser sorteadas, conforme o bilhete de aposta de alguma laranja podre e fedorenta que brotou no recanto mais obscuro do país (por vezes, podiam brotar mais de uma, em cantos diferentes, apenas para disfarçar um pouquinho).

Os meios de comunicação brasileiros, sempre coniventes com as maracutais (possivelmente porque levam o "seu" também) deram pouca atenção ao caso: apenas a Record e a Band comentaram o assunto brevemente em um de seus telejornais. Evidentemente, o governo tem todas os motivos para abafar o caso, já que pelo menos uma parte do que não é roubado fica nos cofres do governo para serem roubados por eles, em outros tantos mega esquemas existentes por aí.

Como não temos esperança que aconteça alguma coisa de muito ruim com os responsáveis, sugerimos a contenção de nossa imbecilidade: não façamos mais apostas nessa patifaria. Com toda sinceridade, é melhor deixar para fazer uma fezinha no Jogo do Bicho. Não tenho dúvidas de que esse é mais honesto.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Ode à miséria moral


Ontem o mau-caráter do sem-pudor Ray-Ban Calheiros renunciou à presidência do Senado. Com isso, garantiu mais uma vez não ser cassado. Todos nós sabemos que a cadeia seria pouco para ele e para toda a corja que o sustenta, incluindo seus comparsas senadores. Por sinal, tenho quase certeza de que eles não tomam e não tomarão nenhuma atitude porque todos devem ter o rabo preso. É uma vergonha, realmente.


A famigerada votação secreta permanece sendo um dos subsídeos utilizados pelas quadrilhas políticas para se esconder atrás do véu da impunidade. O atual governo frustou as últimas esperanças depositadas pelo povo no regime representativo, ao não romper com os velhos lobos da política, tais como Sarney, ACM e outros tantos. O que se vê é a reprodução do caos, da impunidade, do enriquecimento ilícito e do meu constrangimento em ser um ser pensante toda vez que abro um jornal. O episódio Calheiros foi apenas mais um ato dessa ode à miséria moral que se tornou a política brasileira.


(A foto é de Alan Marques, da Folha Imagem, e mostra o estapafúrdio coronel José Sarney congratulando seu pupilo depois da leitura da carta-renúncia).

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Concentração Nacional dos Piores Bandidos


Nada menos do que um sexto dos congressistas responde a algum tipo de investigação no STF. Ainda que os crimes contra a administração pública estejam liderando as estatísticas, os bandidos respondem por outros tantos tipos de crime. A lista de crimes e de criminosos é gigantesca e não cabe ser reproduzida aqui, mas pode ser visualizada no sítio <http://www.umbrasilmelhor.com.br/?show=quemsaoeles>

Curioso é saber que os inquéritos são tratados pelo Supremo como “segredo de justiça”, sendo de difícil acesso para a população. Contudo, temos facínoras de todas as espécies, eleitos e indicados para todas as instâncias. Deputados, senadores e ministros de quase todos os partidos e de quase todos os Estados (à exceção, macacos-me-mordam, de Alagoas). Temos políticos com o caráter que vai desde estelionatários à senhores de engenho, passando por seqüestradores e assassinos! Apenas alguns exemplos dos crimes:

Crime contra a honra, injúria, difamação e calúnia.
Crime contra a pessoa, liberdade individual, seqüestro e cárcere privado.
Crime contra a liberdade pessoal, redução a condição análoga à de escravo.
Crime contra a pessoa, vida, homicídio.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Poesia de Guerrilha

Eu cavo
Tu cavas
Ele cava
Nós cavamos
Vós cavais
Eles cavam

Pode não ser poético, mas é profundo pra cacete!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Nepotismo é pouco


Nepotismo é uma palavra modesta demais para representar os casos escandalosos divulgados pelo http://www.congressoemfoco.com.br/ que reproduzo aqui. Reconheço que tenho dificuldades para encontrar palavras do calão que exige a ocasião. Dica para as mulheres de mau-caráter: casem-se com um político (ou sejam amantes de algum). Vamos à lista:

Esposas

José Dirceu, Ministro-chefe da Casa Civil
Mulher: Maria Rita Garcia
Profissão: socióloga
Cargo: Assessora da Presidência da Escola Nacional de Administração Pública
Nomeação: março de 2003
Salário: R$17.000,00

Antonio Palocci, Ministro da Fazenda
Mulher: Margareth Rose Silva Palocci
Profissão: Médica Sanitarista
Cargo: Assessora da Presidência da Fundação Nacional de Saúde
Nomeação: fevereiro de 2003
Salário: R$14.850,00

Ricardo Berzoini, Ministro da Previdência
Mulher: Sonia Lourdes Rodrigues Berzoini
Profissão: bancária aposentada.
Cargo: Assessora no Gabinete do então Deputado Federal Paulo Bernardo (PT-PR)
Nomeação: maio de 2003
Salário: R$ 19.500,00

domingo, 11 de novembro de 2007

Microcosmo do pensamento paulista


Até 1961, toda a história e conhecimento adquirido pela humanidade não foi suficiente para sabermos algo simples como, por exemplo, a cor do Planeta Terra. Foi preciso um cosmonauta russo viajar para o espaço e bradar espantado que “A Terra é azul”. Tínhamos um estereótipo diferente da Terra. A conclusão, que hoje parece óbvia para ciência, é a de que é preciso ter a capacidade de se observar “de fora” para poder fazer uma avaliação com o mínimo de discrepância possível da realidade, diminuindo a possibilidade de um estereótipo.


A definição da palavra “estereótipo” sempre vem carregada de uma idéia preconcebida alimentada pela falta de conhecimento real do assunto. Infelizmente, poucos estereótipos são em vão. Muito se reclama do estereótipo que o americano médio faz do Brasil e do brasileiro. Difícil entender que a capital do Brasil não é Rio de Janeiro ou Buenos Aires, que não vivemos em árvores ou que aqui não andamos na calçada sambando envolto por mulatas. O estereótipo do americano “médio” é o texano. O texano vive em um estado conservador, republicano, rico (O PIB do Texas é semelhante ao do Brasil), e dificilmente acha que exista melhor lugar no mundo que os EUA (mesmo sem nunca terem saído de lá). O microcosmo do pensamento texano é o que representa o americano “médio” perante o mundo. Não precisa ser necessariamente um texano ao estilo George W. Busch (que certa vez perguntou incrédulo ao ex-presidente FHC, se no Brasil existiam negros), podendo até ser o californiano Ronald Reagan (que na realidade nasceu em Illinois), que em visita em terras tupiniquins, confundiu o nosso país com a Bolívia.


O microcosmo texano é a pecha que o americano “esclarecido” tem que se livrar. O brasileiro, por sua vez, também faz um estereótipo de si mesmo. Quem dita isso é o microcosmo do pensamento paulista, que está impregnado em todos os setores (economia, política, imprensa, universidades entre outros). O microcosmo paulista é a pecha que precisamos nos livrar. Uma pecha mesquinha, daquelas que não se importa com os outros, não se importa nem com a sua própria ignorância. Paulo Zottolo, presidente da Philips que menosprezou o estado do Piauí, é o típico representante do microcosmo paulista. O microcosmo paulista, predominante na nossa imprensa, mal sabe e nem quer saber se o Piauí fica no Norte ou Nordeste. O microcosmo paulista não se importa com a alcunha belicosa e separatista de gaúchos, nem com o estilo carioca de malandro e bon vivant. O microcosmo paulista é mesquinho e só pensa em si mesmo. Não reconhece “o outro”e não enxerga “de fora”. Para o microcosmo do pensamento paulista, o lucro é a substantivo principal em detrimento das relações afetivas. Nelson Rodrigues certa feita parodiou que “o pior tipo de solidão é a companhia de um paulista”. É verdade. Nenhum paulista reclamou porque paulistas não se identificam nem com eles mesmos, reconhecem somente o dinheiro ou o que eles consideram sucesso profissional. O brasileiro precisa perder o microcosmo do pensamento paulista, a imprensa também.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

É só alegria...

A Copa será no Brasil em 2014!!! A notícia deixa extasiada uma população inteira. Todas as crianças menores de 57 anos sonham presenciar a realização de algo tão vultuoso que causa tamanho motivo de orgulho. Eu inclusive. Contudo, enquanto isso...

Por três assinaturas, o Congresso arquivou no início da tarde desta quinta-feira (08/11) o requerimento que propunha a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigaria irregularidades tributárias em clubes de futebol, em especial o Corinthians e a parceria com a MSI.

A CPMI do Futebol, como já era chamada nos bastidores do Parlamento, obteve apenas 168 assinaturas de deputados, três a menos do mínimo exigido: 171. Para Silvio Torres (PSDB-SP), principal defensor da CPMI na Câmara, as pressões da CBF deram resultado. Não obstante, a bancada da bola - deputados alinhados politicamente com a CBF - evitou festejar efusivamente o arquivamento. Mas comemorou o resultado, assim como comemorara o arquivamento da CPI da Nike, que indiciaria a "fábrica de milionários" chamada CBF. Mais um episódio triste que deixará impune muita gente, que segue enriquecendo!
Já que a Copa de 2010, na África do Sul, será a "Copa da AIDS" (essa é a verdade), poderíamos começar a chamar desde já a Copa de 2014 como a "Copa da Prostituição", ah, e do "enriquecimento ilícito" de muuuuuitos malandros, que já estão faturando com o assunto. No país do futebol, é só alegria...

Exército de um homem só


Recentemente recebemos um comentário acerca de nosso post que tratava da figura política sebosa do Ciro Gomes. O ilustre leitor, que se diz fã do nosso blog, recebe daqui a nossa admiração mútua. Graças ao cometário de Ricardo Soares, descobrimos que o apedeuta é também caloteiro. Ciro Gomes deve, desde 2000, a quantia de 50 mil reais ao nosso leitor.


A indignão é tamanha, que Ricardo Soares criou um blog exclusivo para atacar o "elemento", conforme definição do próprio Ricardo. Nos impressionamos em ver tamanha dedicação para difamar uma pessoa pública inescrupulosa. Portanto, aproveitamos para divulgar o blog do guerrilheiro e quem sabe motivar alguém a ajudá-lo nesta frente de batalha:




E lembrem-se: toda iniciativa que atente contra o poder estabelecido que oprime ou violenta outrem é válida, contanto que não utilize dos mesmos subterfúgios daquele que oprime e violenta. Vários exércitos de um homem só podem fazer uma revolução.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Brasília, capital do suicídio


Somente nos primeiros nove meses deste ano 72 pessoas se mataram em Brasília, segundo a Secretaria de Segurança do DF. Esse número alarmante é maior que o registro do Detran de motociclistas (62) e ciclistas (59) mortos no Distrito Federal em 2006. Por temer que a divulgação estimularia novas ocorrências, a imprensa de Brasília ignora os casos. Mas os suicídios na Capital se transformaram em problema de saúde pública.



Os maiores índices internacionais de desenvolvimento social acompanham os maiores índices de suicídio (ver países nórdicos). No Brasil não parece ocorrer diferente, já que Brasília (Plano Piloto) possui o maior IDH do país. Mas, e daí? Por lá falta Sol, por aqui falta Calor! E humano, o que é pior...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A versão carioca da volta do nazismo: eugenia neles!


O governador do Rio de Janeiro declarou que a interrupção da gravidez pode ser uma forma de combater a criminalidade. Até os movimentos organizados que defendem a legalização do aborto criticaram as declarações do eugenista. Sérgio Cabral (PMDB) falou sobre número de filhos em famílias nas favelas: “Isso é uma fábrica de produzir marginal”. Além disso, declarou que interromper a gravidez era uma forma de combater a criminalidade. Não se contendo, o nazista ainda teve a insensatez de declarar:

“Você pega o número de filhos por mãe na Lagoa Rodrigo de Freitas, Tijuca, Méier e Copacabana, é padrão sueco. Agora, pega na Rocinha. É padrão Zâmbia, Gabão. Isso é uma fábrica de produzir marginal”, ressaltou o governador. A Embaixada do Gabão anunciou que divulgará nota de repúdio às declarações de Cabral.

Não obstante, o mau-caráter do Ministro da Justiça apóia as ações do governo carioca de “extermínio” da "criminalidade". E, aproveitando, ainda destilou seu veneno para os acadêmicos e intelectuais, com um discurso absolutamente coerente com o pensamento reacionário e de extrema-direita comum na época da ditadura:

“Não há mais que se falar naquela postura meditativa e acadêmica sobre o crime organizado. Tem que ir para o confronto. As formas estão corretas. Evidentemente, que isso dá um desconforto naquelas pessoas que academicamente querem enfrentar o problema e não o fizeram. A leniência e o afastamento do problema levaram à situação que nos encontramos”, afirmou o outro nazista.

Como é que pessoas deste escalão conquistam cargos tão importantes? Imagine-se uma mãe negra, pobre, moradora de alguma favela, tendo seu filho em algum hospital público do Rio? Daqui a pouco, você pode inclusive morrer “acidentalmente”, para poupar tempo e dinheiro público.